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Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Domingo - 17 de Junho de 2007 às 15:28

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O primeiro-ministro destituído e líder do Hamas, Ismail Haniyeh, disse neste domingo que seu governo continua sendo legítimo. "O governo de união nacional sustenta aqui que continuamos cumprindo nosso dever segundo a lei", disse Haniyeh em uma nota.

O porta-voz do Hamas, Sami Abu Zuhri, disse que o novo governo "viola todos os acordos nacionais alcançados e os transgride, e é ilegítimo porque não existe um artigo que fale de um governo de emergência na constituição da ANP (Autoridade Nacional Palestina) em primeiro lugar".

Zuhri afirmou que o Hamas continua se considerando parte do governo de unidade, porque foram seguidos os procedimentos constitucionais antes de sua constituição como Executivo.

Ele afirmou que o "ilegítimo" governo de emergência do presidente da ANP, Mahmoud Abbas, "fracassará ao se impor ao povo palestino na Cisjordânia, porque as ruas palestinas não podem ser governadas de maneira tão equivocada enquanto continuam existindo forças do Hamas na região".

O porta-voz acusou Abbas de ser "arbitrário" e de tentar aplicar a agenda "sionista-americana", em uma tentativa de derrubar e isolar o movimento islâmico.

O novo governo de emergência palestino tomou posse neste domingo. Abbas dissolveu o governo de coalizão formado por Fatah e Hamas e destituiu Haniyeh. Para o cargo de premiê indicou o economista independente Salam Fayyad.

Abbas tomou a decisão na sexta-feira (15) em razão das ações do Hamas ocorridas um dia antes. Membros do grupo tomaram o principal complexo de segurança do Fatah na Cidade de Gaza, dizendo que o "último bastião da corrupção" do partido foi derrubado. Zuhri disse então que o grupo foi "forçado" a tomar o controle do Fatah porque seus serviços de segurança "são corruptos" e "geravam caos".

Hoje também Abbas também decidiu ilegalizar o movimento islâmico Hamas. Para ele, tanto o Hamas como seu braço armado, as Brigadas de Ezzedin al Qassam, são considerados "ilegais, devido a suas atividades militares contra a legitimidade palestina e suas instituições". "Todo aquele que estiver envolvido em algum destes grupos será castigado segundo a lei e a ordem que deriva do estado de emergência."





Fonte: EFE

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