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Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Domingo - 17 de Junho de 2007 às 08:17

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O partido Bayan Muna (BM, oposição) exigiu, neste domingo (17), à presidente das Filipinas, Gloria Macapagal Arroyo, que ordene a prisão de um paramilitar identificado como assassino do secretário-geral da legenda na província de Bohol.

Testemunhas identificaram Hilario Diola como autor dos disparos que atingiram Mario Auxilio, secretário-geral do BM em Bohol, na sexta-feira, segundo comunicado do partido esquerdista.

Auxilio, baleado na cabeça e no braço, morreu hoje enquanto era operado em um hospital de Tagbilaran, na ilha de Bohol, 650 quilômetros ao sudeste de Manila.

Segundo o BM, a vítima sofreu uma emboscada perto da meia-noite de sexta, após uma reunião com pescadores e fazendeiros sobre a oposição à realização de testes sismológicos para um projeto de prospecção de petróleo na zona.

No comunicado, o BM afirma que Diola faz parte do grupo paramilitar "Alimaong", sob controle da 15ª Brigada de Infantaria do Exército filipino.

"Aqui temos um assassinato político no qual um membro de uma organização de vigilantes controlado pelos militares é identificado positivamente. Desafiamos a presidente Arroyo a ordenar a prisão de Diola e responsabilizar a 15ª Brigada de Infantaria", disse o secretário-geral do BM, Nathanael Santiago.

O assassinato ocorreu três dias antes do início da investigação sobre a violência política nas Filipinas por um comitê da União Européia (UE).

Os membros da missão se reunirão durante dez dias com altos funcionários do Governo, do Ministério da Justiça, comandantes policiais e militares, e membros de organizações civis, além de representantes de BM.

Mais de 850 pessoas foram assassinadas nas Filipinas por supostas causas políticas desde que a presidente Arroyo assumiu, em 2001.

Organizações de direitos humanos argumentam que estas "execuções extrajudiciais" fazem parte de uma estratégia para a luta contra os rebeldes comunistas do Novo Exército do Povo, e que identifica como membro da guerrilha qualquer militante de esquerda, sindicalista ou defensor da reforma agrária.





Fonte: EFE

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