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Saúde
Quinta - 14 de Junho de 2007 às 13:23

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Complicações na gravidez e no parto matam mais de 500 mil mulheres por ano, de acordo com dados divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Cerca de 25% dessas mortes são provocadas por fortes hemorragias que não puderam ser tratadas de forma adequada, muitas vezes por causa da falta de sangue para reposição.

As informações foram divulgadas nesta quinta-feira, Dia Mundial do Doador de Sangue.

A campanha deste ano visa promover o aumento do estoque dos bancos de sangue mundiais para atender às mães que precisem de transfusões na gravidez e durante ou depois do parto.

Segundo a OMS, 99% dos óbitos decorrentes de hemorragia no parto ocorrem em países pobres ou em desenvolvimento, onde as transfusões de sangue são mais raras e as doações muitas vezes motivadas por dinheiro.

De acordo com os dados da organização, apenas 45% do suprimento global de sangue são provenientes de países pobres ou em desenvolvimento, onde estão localizados 80% da população mundial.

Doações voluntárias

Uma pesquisa realizada pela OMS, com dados coletados de 172 países em 2004, revelou que houve um aumento da porcentagem de doações voluntárias de sangue de 25% para 47% em países pobres ou em desenvolvimento.

No Brasil, 52% das doações vieram de coletas voluntárias feitas em bancos de sangue.

A média é considerada alta se comparada a de outros países da América Latina, como Argentina (7%), México (3,7%), Chile (6,7%), Venezuela (7%) e Bolívia (23,2%).

Os dados brasileiros encostam nos da Colômbia (50.5%), mas ficam atrás dos da Costa Rica (57,1%), Cuba e Uruguai, onde 100% das doações são voluntárias.

Risco de doenças

De acordo com a OMS, o risco de se transmitir doenças como o vírus do HIV, hepatite B, C, e sífilis é bem maior nos casos dos doadores que vendem seu sangue ou dos que doam sangue pela necessidade de parentes ou amigos.

A Organização Mundial da Saúde recomenda que toda transfusão passe por exames detalhados para identificar doenças transmissíveis pelo sangue.

A OMS diz que países pobres e emergentes ainda não oferecem testes completamente eficazes, mas identificaram melhorias.

Segundo a entidade, o número de transfusões "arriscadas" caiu de 6 milhões em 2002 para 1,5 milhão em 2004 nesses países.





Fonte: BBC Brasil

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