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Saúde
Terça - 12 de Junho de 2007 às 09:32

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Os "tecidos inteligentes" contêm sensores embutidos projetados para monitorar fluidos corporais como sangue e suor. A pesquisa foi divulgada na revista especializada The Engineer.

O objetivo é usar as roupas para fazer exames em grupos como pacientes de hospitais em fase de recuperação, pessoas com doenças crônicas e atletas contundidos.

O programa Biotex, custeado em parte pela União Européia, envolve pesquisadores de oito instituições.

Um protótipo de multissensor embutido está quase pronto. E o próximo passo será o teste do tecido experimental em voluntários.

Suor

"Sensores foram construídos e testados em laboratório. Começamos a integração destes sensores em pedaços de tecido", disse o coordenador de projeto Jean Luprano, da companhia de tecnologia suíça CSEM.

"Em breve, teremos um tecido multissensor que vai permitir a percepção de vários elementos em paralelo", acrescentou.

A primeira versão do sensor embutido em tecido será capaz de monitorar o suor tomando as medidas de elementos como acidez, salinidade e taxa de transpiração.

Os cientistas esperam que a tecnologia também seja capaz de monitorar os sinais vitais do corpo, analisar o progresso na cura de ferimentos e detectar doenças e infecções ainda no estágio inicial, apontando anormalidades no metabolismo.

Luprano destaca que a tecnologia não tem o objetivo de substituir os métodos tradicionais de diagnóstico médico.

Mas, segundo o cientista, quando o paciente está longe de uma clínica, estes métodos geralmente não são os mais práticos para a coleta de informações.

"Nestes casos, sistemas de monitoramento que podem ser usados, mesmo sendo menos precisos, poderão ajudar os médicos a conseguir mais informações, que não teriam se o paciente estivesse fora do hospital", afirmou.

Mark Outhwaite, presidente de um grupo especializado da Sociedade Britânica de Computação, que trabalha com informática e medicina à distância, diz que os sensores serão úteis aos médicos apenas se fornecerem informação confiável e muito precisa.

Segundo Outhwaite, informações que identificam tendências e não números absolutos podem ter mais utilidade no monitoramento de desempenho esportivo, mas não podem necessariamente ser usadas como informação para importantes decisões médicas.





Fonte: BBC Brasil

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