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Nacional
Terça - 05 de Junho de 2007 às 06:53

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BRASÍLIA - Um relatório do Ministério Público do Trabalho, apresentado na segunda-feira, 4, aos senadores integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Apagão Aéreo, aponta a necessidade de contratar mais 600 controladores de vôo.

Segundo o coordenador nacional de Defesa do Meio Ambiente do Trabalho do Ministério Público do Trabalho, Alessandro Santos de Miranda, o documento mostra problemas como as condições de trabalho dos controladores, como "uma carga de trabalho mensal mais elevada, maior número de aviões sob controle e também o estresse, a fadiga dos profissionais".

A questão dos turnos alternados de trabalho também foi incluída entre os problemas enfrentados pela categoria. Miranda informou que o trabalho em turnos pela manhã, à tarde e à noite "altera o ritmo biológico do organismo dos controladores". Ele acrescentou que "o ser humano precisa de rotina: se um dia trabalha de manhã e no outro, à noite, o organismo será prejudicado".

As investigações realizadas pelo Ministério Público do Trabalho constataram que esses profissionais têm outras atividades, como a guarda, os exercícios militares, além do controle do tráfego aéreo. “O que acontece é que eles saem do trabalho como controladores e vão fazer uma guarda e no outro dia estão cansados para monitorar o tráfego aéreo”, explicou Miranda, acrescentando que essas atividades não são computadas na carga horária de trabalho mensal.

O procurador Fábio de Assis Fernandes, do Ministério Público do Trabalho de São Paulo, também foi ouvido na CPI e contou que Jomarcelo Fernandes dos Santos, um dos controladores indicados pela Justiça de Mato Grosso, foi reprovado quatro vezes no curso de formação. “Ele foi aprovado na marra. Não existem controladores no mercado. Para um controlador estar pronto são necessários dois anos de curso, no mínimo”, afirmou o procurador.





Fonte: Agência Brasil

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