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Internacional
Terça - 29 de Maio de 2007 às 18:06

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O presidente Hugo Chávez defendeu hoje sua decisão de não renovar a concessão da popular estação de tevê RCTV, alinhada com a oposição, e advertiu que pode agir contra outra tevê crítica da sua administração por supostamente incitar uma tentativa de assassinato contra ele. Ontem, o ministro da Informação, Willian Lara, já havia acusado a Globovision de encorajar violência contra Chávez ao divulgar imagens da tentativa de assassinato contra o papa João Paulo Segundo na Praça São Pedro em 1981 tendo como música de fundo um refrão de uma salsa que diz "Tenha fé, isso não acaba aqui".

O diretor da Globovision, Albeto Federico Ravell, disse que a acusação é "ridícula". Mas Chávez advertiu hoje a Globovision que se quiser "continuar a convocar à desobediência, incitar assassinato... Vou avisá-los perante a nação... Recomendo que tomem um tranqüilizante, se acalmem, caso contrário, vou acalmá-los".

Chávez também disse que sua recusa em renovar a licença da RCTV, que saiu do ar à meia-noite de domingo, foi "uma decisão soberana, legítima, que não cabe discussão".

Milhares de venezuelanos - tanto partidários de Chávez como opositores - promoveram hoje manifestações em separado nas ruas de Caracas. Os opositores de Chávez gritavam "liberdade!" enquanto seus partidários afirmavam que estavam nas ruas para rechaçar tentativas da oposição de provocar distúrbios.

O governo ocupou o espaço da RCTV com um novo canal público, que hoje mostrava um documentário sobre a Antártida, programas infantis e de ginástica, intercalados com spots do governo dizendo que "Agora a Venezuela pertence a todos".





Fonte: AE-AP

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