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Morales critica´ intromissão´ dos EUA em crise da justiça
LA PAZ - O presidente boliviano, Evo Morales, reafirmou neste domingo, 28, sua decisão de reformar a Justiça da Bolívia, começando por levar a juízo o Tribunal Constitucional apesar do que qualificou como uma "intromissão" do embaixador norte-americano.
No sábado, os governadores regionais opositores da Bolívia acusaram o presidente Evo Morales de enfraquecer a Justiça no país com o pedido de julgamento dos magistrados do Tribunal Constitucional (TC).
Os governadores dos departamentos de Santa Cruz, Cochabamba, Tarija, Beni, Pando e La Paz alertaram sobre o risco de desaparecimento do TC caso persista o conflito entre Morales e o Poder Judiciário.
Morales, que promove reformas econômicas ambiciosas de linha estatista, defendeu sua visão de uma Justiça "libertadora" horas após rebater uma declaração do embaixador Philip Goldberg e um pedido coletivo de governadores de anular uma polêmica ação contra o Tribunal.
"Vamos recuperar a luta de nossos antepassados... para que esta pátria seja independente, liberada e sobretudo viva com soberania e dignidade", afirmou o governante na cidade de Cochabamba, em um ato em homenagem ao Dia da Mãe, transmitido ao vivo pela televisão estatal.
Morales assim justificou sua decisão de não retirar a ação apresentada no começo de maio contra o Tribunal, que destituiu, ilegalmente segundo o governo, quatro membros da Corte Suprema.
A acusação contra o Tribunal foi rejeitada pelos órgãos nacionais de justiça e a oposição de direita, em uma reação apoiada pelo embaixador Goldberg, que defendeu a "independência de poderes" após visita na quinta-feira passada à Corte Suprema.
"Nenhuma democracia do mundo pode ser forte sem o respeito à independênciai dos poderes", afirmou naquele dia.
"Lamento muito que o embaixador dos EUA, sob o pretexto de defender a independência de poderes, trate de defender a corrupção, trate de defender a injustiça", respondeu Morales, segundo a edição de domingo do jornal La Razón.
Morales teria dito ainda que lamentava a "intromissão no nosso país de alguns embaixadores".
O presidente havia pedido ao Congresso que abrisse juízo político contra quatro dos cinco membros do Tribunal Constitucional, em uma decisão que provocou o maior choque entre o governante esquerdista e a conservadora cúpula da Justiça.
Embora uma sentença contra o Tribunal pareça pouco provável, considerando que a oposição controla o Senado, que deve atuar como juiz coletivo, Morales se conformaria com a aprovação da acusação inicial pela Câmara dos Deputados, segundo a imprensa regional.
No sábado, os governadores regionais opositores da Bolívia acusaram o presidente Evo Morales de enfraquecer a Justiça no país com o pedido de julgamento dos magistrados do Tribunal Constitucional (TC).
Os governadores dos departamentos de Santa Cruz, Cochabamba, Tarija, Beni, Pando e La Paz alertaram sobre o risco de desaparecimento do TC caso persista o conflito entre Morales e o Poder Judiciário.
Morales, que promove reformas econômicas ambiciosas de linha estatista, defendeu sua visão de uma Justiça "libertadora" horas após rebater uma declaração do embaixador Philip Goldberg e um pedido coletivo de governadores de anular uma polêmica ação contra o Tribunal.
"Vamos recuperar a luta de nossos antepassados... para que esta pátria seja independente, liberada e sobretudo viva com soberania e dignidade", afirmou o governante na cidade de Cochabamba, em um ato em homenagem ao Dia da Mãe, transmitido ao vivo pela televisão estatal.
Morales assim justificou sua decisão de não retirar a ação apresentada no começo de maio contra o Tribunal, que destituiu, ilegalmente segundo o governo, quatro membros da Corte Suprema.
A acusação contra o Tribunal foi rejeitada pelos órgãos nacionais de justiça e a oposição de direita, em uma reação apoiada pelo embaixador Goldberg, que defendeu a "independência de poderes" após visita na quinta-feira passada à Corte Suprema.
"Nenhuma democracia do mundo pode ser forte sem o respeito à independênciai dos poderes", afirmou naquele dia.
"Lamento muito que o embaixador dos EUA, sob o pretexto de defender a independência de poderes, trate de defender a corrupção, trate de defender a injustiça", respondeu Morales, segundo a edição de domingo do jornal La Razón.
Morales teria dito ainda que lamentava a "intromissão no nosso país de alguns embaixadores".
O presidente havia pedido ao Congresso que abrisse juízo político contra quatro dos cinco membros do Tribunal Constitucional, em uma decisão que provocou o maior choque entre o governante esquerdista e a conservadora cúpula da Justiça.
Embora uma sentença contra o Tribunal pareça pouco provável, considerando que a oposição controla o Senado, que deve atuar como juiz coletivo, Morales se conformaria com a aprovação da acusação inicial pela Câmara dos Deputados, segundo a imprensa regional.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/225093/visualizar/
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