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Nacional
Sexta - 25 de Maio de 2007 às 18:22
Por: Mariângela Gallucci

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Um dia após o vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, ter entrado em choque com a Polícia Federal, a quem acusou de cometer "canalhice", integrantes do STF afirmaram que há uma banalização das prisões preventivas.

Eles observaram que todas as semanas o tribunal determina a libertação de pessoas presas preventiva ou temporariamente por considerar que as prisões não estavam devidamente fundamentadas. Este foi o argumento usado por Mendes para ordenar a soltura cinco pessoas presas na Operação Navalha, que investiga um esquema de fraudes em licitações públicas. Estas decisões provocaram a crise com a Polícia Federal.

Mendes disse que havia uma tentativa de intimidá-lo por meio da divulgação de informações a seu respeito que, segundo ele, são falsas. Uma dessas informações era a de que Mendes teria recebido presente da construtora Gautama, investigada na Operação Navalha. "Essas prisões encerram exceção. Os valores não podem ser invertidos. A banalização da prisão preventiva é um retrocesso", comentou o ministro do STF, Marco Aurélio Mello. Entidades representativas de juízes e de advogados também saíram em defesa de Gilmar Mendes. "É necessário que haja responsabilidade por parte das instituições, em especial a Polícia Federal. Há uma tentativa leviana e reiterada de pressionar e intimidar juízes, por meios ilegítimos e espúrios, para que sejam adotados indiscriminadamente todos os requerimentos da polícia", afirmou o presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Walter Nunes da Silva Júnior.




Fonte: AE

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