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Internacional
Quarta - 23 de Maio de 2007 às 20:11

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O Clube de Paris, que reúne os principais credores públicos, alertou hoje dos riscos para sua estratégia de redução da pobreza em países muito endividados pela ação dos que se conhecem como "créditos podres" que lançam procedimentos contra ditos países.

O Clube de Paris, que realizou hoje sua reunião anual com os representantes do setor privado, ressaltou em comunicado "sua preocupação pelas ações de certos credores" que se lançaram em processos "contra os países pobres muito endividados".

As razões desta advertência dos países do Clube de Paris têm a ver com a constatação de que vários desses fundos foram criados nos últimos tempos com dívidas de países muito pobres contra os quais atacam nos tribunais para forçá-los a reembolsar dívidas que os credores iniciais já não esperavam poder cobrar.

Um caso muito notável a esse respeito que se tornou público se refere à aquisição de um crédito da Zâmbia com a Romênia, país que comprou um "crédito podre" antes de se atirar em uma batalha judicial contra o Estado africano.

Nesse sentido, um recente relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (BM) calculava que os "credores podres" reivindicam cerca de US$ 1,8 bilhão dos países pobres.

O Clube de Paris mostrou, em sua reunião com o setor privado, sua intenção de "intensificar seu trabalho sobre este tema para identificar medidas concretas para lutar contra o problema" que ameaça sua estratégia de luta contra a pobreza.

"A plena participação de cada categoria de credores é crucial para garantir que a dívida dos países pobres muito endividados seja sustentável e para maximizar os montantes libertados para reduzir a pobreza", ressaltou o Clube de Paris em comunicado divulgado ao término do encontro.





Fonte: EFE

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