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Saúde
Sábado - 19 de Maio de 2007 às 14:30

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Especialistas no tratamento da aids destacaram hoje que "em breve" surgirão novos remédios contra a doença, que controlarão o vírus, inclusive nas variantes mais resistentes.

A evolução do tratamento anti-retroviral nos últimos 25 anos, as alternativas atuais e futuras, a infecção dupla de HIV e Hepatite C e as perspectivas dos infectados foram alguns dos temas tratados no encontro que aconteceu em Valência, sob o lema "HIV, o vírus sitiado que continua resistindo" e reuniu especialistas e representantes de pacientes.

O chefe da Unidade de Doenças Infecciosas do Hospital Geral de Valência, Enrique Ortega, disse que antes o HIV "era sinônimo de morte e de desenvolvimento da aids", mas os novos tratamentos "conseguiram fazer com que se torne uma doença crônica".

"Em algumas ocasiões aparecem cepas resistentes a estes remédios por muitos fatores, como a capacidade do vírus, o déficit de absorção ou a negligência na condução do tratamento, como ocorre em outras doenças crônicas", afirmou.

Ortega informou que estão aparecendo novos medicamentos que permitirão superar estas resistências. "Temos remédios para as antigas formas do vírus e novos remédios para novas formas do vírus. Nos próximos anos vamos controlar bem o vírus, inclusive nas cepas resistentes", afirmou.

Um destes medicamentos é o darunavir, que reduz significativamente a presença do vírus HIV nos doentes que não respondem aos tratamentos convencionais. Por sua vez, o doutor Santiago Moreno, do Hospital Ramón e Cajal de Madri, disse que já foram superados muitos problemas derivados dos efeitos secundários dos primeiros tratamentos e do desenvolvimento de resistências.

"Atualmente, menos de 10% dos pacientes submetidos a tratamento apresentam carga viral detectável", afirmou Moreno, que destacou a "excelente potência e tolerância" do darunavir. O remédio "permite tratar os pacientes que fracassam ou não respondem a outros tratamentos", informou Moreno.

Ortega destacou que mais da metade dos pacientes com HIV também está infectado com Hepatite C. A cirrose hepática evolui mais rapidamente nestas pessoas, o que representa que a falha hepática crônica é uma das principais causas da morte nos afetados por HIV.





Fonte: EFE

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