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Saúde
Sexta - 04 de Maio de 2007 às 15:47
Por: Cida Capelassi

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Com a aproximação do dia 18 de Maio (Dia Nacional da Luta Antimanicomial) a Secretaria de Estado de Saúde (Ses) promoveu reunião com órgãos públicos e entidades da sociedade civil organizada envolvidas com serviços de Saúde Mental.

O secretário-adjunto de Gestão das Unidades Desconcentradas, Carlos Antonio Azambuja, disse que “o Estado já evoluiu muito nos serviços da área de Saúde Mental e na implantação gradativa da política de humanização. Nesses itens o Estado tem capacitado técnicos que trabalham nos serviços assistenciais para garantir o atendimento e o encaminhamento adequado de cada paciente de acordo com sua necessidade”.

O secretário-adjunto lembrou que o Estado, no tratamento a esses pacientes, tem em suas unidades equipes multiprofissionais compostas por médicos, psiquiatras, enfermeiros, psicólogos, entre outros profissionais, na oferta dos melhores serviços.

Outro assunto colocado foi a promulgação da Lei de número 10.216, de 06/04/2001, que estabelece a Reforma Psiquiátrica garantindo cuidados de saúde ao portador de transtorno mental levando em consideração os princípios da integração e da ressocialização do paciente no contexto familiar e junto a sociedade. “Esta Lei vem para fortalecer a reforma da assistência psiquiatrica com criação e implantação de serviços substitutivos ao modelo hospitalocentrico. A política do Estado de Mato Grosso está em consonância com a lei e a reforma psiquiátrica apoiando a criação de uma rede de assistência em saúde mental nos municípios”, disse a coordenadora de Ações Programáticas da Ses, Áurea Lambert.

Áurea lembrou ainda que o Estado já vem aplicando a lei inovando e implantando serviços que hoje contam com 33 Centros de Atenção Psicossocial (Caps), sob gestão municipal, e sob gestão estadual, como o Centro Integrado de Apoio Psicossocial (Ciaps) Adauto Botelho, que possui unidade de internação, feminina e masculina, para pacientes com transtornos mentais e álcool e droga. Também conta com dois Caps, sendo um Caps/AD (álcool e drogas) e um Capsi Infanto-Juvenil e ainda a unidade de Pronto Atendimento, o Hospital-Dia, e a unidade de tratamento a portadores de deficiência físico e mental Lar Doce Lar. “Os serviços substitutivos, tendo como exemplo os Caps, contam com equipes multidisciplinares e desenvolvem atividades terapêuticas tais como Grupo Operativo, oficinas ( de bordado, de tela, de madeira, tapeçaria, cerâmica e outras), atividades terapêuticas, de cidadania e grupos de familiares”, disse Áurea.

O entendimento das entidades presentes à reunião foi de que o tratamento ao paciente portador de transtorno mental deve se concentrar na integração junto à sua área de convivência (família) usando o sentimento de proteção que esse universo proporciona como um fator coadjuvante na sua reabilitação, ressaltando o atendimento humanizado e de qualidade na assistência oferecida a esses pacientes. “O tratamento humanizado que a lei preconiza é justamente buscar formas alternativas de tratamento a nível ambulatorial evitando internações. A internação só é necessária quando o paciente apresentar surto grave e persistente. Após a estabilização desse quadro o paciente pode ser normalmente encaminhado aos serviços que a rede oferece. A preocupação dos trabalhadores da área de saúde mental é quanto a sensibilização da família de que a doença mental é uma doença crônica, que não tem cura, porém é controlável. Daí se busca apoio aos familiares no entendimento de como lidar com a doença”, disse a coordenadora.

Para o dia 18 de Maio as entidades concluíram que farão sensibilização junto a população, confecção de faixas que serão espalhadas por toda a Capital e cidades do interior, com frases que lembram o Dia Nacional da Luta Antimanicomial pela não exclusão do paciente ao passo que a sociedade, os órgãos públicos, as entidades civis organizadas, a organizações não-governamentais, clubes de serviços, a população e a família, cada um fazendo a sua parte, fiquem inseridas no contexto usando o lema “Cuidar sim, excluir não”.

Participaram da reunião representantes da Coordenadoria de Ações Programáticas e Estragégias (Coapre), pela Secretaria de Estado de Saúde, o Conselho Estadual de Entorpecentes, a Câmara Municipal de Cuiabá, o Conselho Regional de Medicina, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública, e o Conselho Regional de Enfermagem, Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá, Conselho Regional de Farmácia e o Conselho Regional de Psicologia.





Fonte: Assessoria/Ses-MT

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