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Nacional
Quarta - 25 de Abril de 2007 às 16:02

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O contingente de desempregados nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador, São Paulo e Distrito Federal atingiu 3,171 milhões de pessoas em março, um aumento de 119 mil pessoas em relação a fevereiro. Segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), divulgada hoje pela Fundação Seade e Dieese, a taxa de desemprego passou de 15,9% em fevereiro para 16,6% em março.

A taxa de desemprego aberto cresceu de 10,2% para 11% e a de desemprego oculto manteve-se em 5,7%. De acordo com o Dieese, o desemprego aberto é aquele em que as pessoas procuraram trabalho de maneira efetiva nos 30 dias anteriores à pesquisa e não exerceram nenhum trabalho nos sete últimos dias. Já o desemprego oculto refere-se àquelas pessoas que realizam trabalhos precários ou não-remunerado.

"Todo início de ano a taxa de desemprego tende a crescer, porque as empresas estão revendo suas expectativas em relação ao desempenho da economia ao longo do ano. Então, é normal a redução do número de ocupados em março", disse o gerente de análise da PED pela Fundação Seade, Alexandre Loloian.

De acordo com o levantamento, pelo terceiro mês consecutivo o nível de ocupação diminuiu em comportamento típico para o período. "A eliminação de 181 mil postos de trabalho, simultaneamente, a saída de 61 mil pessoas do mercado de trabalho, resultou no acréscimo de 119 mil pessoas ao contingente de desempregados". Dessa forma, o número de ocupados em março foi estimado em 15,913 milhões de pessoas. E a população economicamente ativa em 19,084 milhões.

Rendimento

O rendimento médio real de pessoas ocupadas e assalariadas entre janeiro e fevereiro de 2007, no conjunto das regiões, manteve-se praticamente estável (0,1%, passando a equivaler R$ 1.036 e R$ 1.105, respectivamente). "A tendência é de todas as regiões reduzirem os níveis de ocupação e conseqüentemente haver uma redução do rendimento", afirmou Loloian.

O rendimento médio real dos ocupados diminuiu em Salvador (2,6%, passando a valer R$ 794) e em Belo Horizonte (1,2%, equivalendo a R$ 979). Já no Distrito Federal, ocorreu um aumento no rendimento médio de 1,7%, o que resultou num salário médio de R$ 1.422. Na cidade de São Paulo e Porto Alegre o rendimento médio avançou com menor intensidade, 0,6%, passando para R$ 1.122 e 0,5%, atingindo R$ 954, respectivamente. Enquanto que em Recife o rendimento manteve-se estável, com R$ 631.

O aumento de 4,4% na taxa de desemprego total decorreu da elevação do indicador em todas as regiões pesquisadas: 7% em Belo Horizonte; 5,6% no Distrito Federal; 4,9% em Porto Alegre; 3,9% em São Paulo; 3,4% em Recife e 2,7% em Salvador.

Liderança

A região metropolitana de Salvador, com 22,9% da população desempregada, manteve-se líder na taxa de desemprego total. Na seqüência, aparecem Recife, com 21,1%; Distrito Federal com 18,9%; São Paulo com 15,9%; Belo Horizonte 13,8% e Porto Alegre com 12,9%.

Entre os setores de atividade analisados, segundo a pesquisa, diminuiu o número de postos de trabalho na indústria (2,9%), no comércio (1,7%) e nos serviços (1,0%). No entanto, houve crescimento na ocupação no agregado Outros Setores (1,8%) e relativa estabilidade na construção civil (0,4%).

Para Loloian, o que surpreendeu positivamente no primeiro trimestre foi o setor de comércio, que sempre tem uma retração de suas atividades no início do ano. "A atividade do comércio está mudando de momento, ao invés de ser apenas mais intensa no final do ano, também está tendo um efeito positivo em janeiro e fevereiro", disse.





Fonte: G1

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