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Tecnologia
Segunda - 23 de Abril de 2007 às 14:33

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Uma pesquisa comissionada pela desenvolvedora de softwares de busca Fast descobriu que o uso da Web 2.0 em ambientes corporativos está sendo limitado parcialmente pela falta de recursos de desenvolvimento.

De acordo com o site The Register, mesmo com um alto comprometimento dos gerentes de TI, 26% dos 406 executivos entrevistados vêem falhas na experiência da Web 2.0 como o elo mais fraco no desenvolvimento de aplicativos.

A pesquisa foi feita pelo Economist Intelligence Unit e visava a descobrir como diversos executivos encaravam a contribuição da Web 2.0 para o setor industrial. Entre outros dados descobertos está o fato de que três em cada quatro companhias vêem a Web 2.0 como uma oportunidade, e isto não se limita apenas a companhias de mídia ou marketing.

Hadley Reynold, vice-presidente da divisão de inovação em pesquisa da Fast, acredita que muito do que é valioso nesta tecnologia é baseado em software de pesquisa. "Sabemos que tentativas anteriores de desenvolvimento de aplicações colaborativas foram mal sucedidas porque as ferramentas de pesquisa não eram adequadas. Se você olhar para o Lotus Notes ou e-room, nenhum oferecia busca apropriada. Você precisa pesquisar em blogs e wikis para fazer o melhor uso desta tecnologia", explicou.

Para o vice-presidente, em algum tempo os departamentos de TI serão essenciais para definir o sucesso da Web 2.0. "Quando a TI perdeu a batalha com os PCs, eles eventualmente voltaram e adotaram-nos. A mesma coisa acontecerá com a Web 2.0, embora no momento parte das pessoas já tenha saído na frente e começado a usá-la", finalizou.

Para alguns analistas e usuários, o maior obstáculo para a extensão das tecnologias Web 2.0 entre corporações é a sobrecarga de dados e uma falta de responsabilidade na informação.

"Hoje as pessoas estão se afogando em dados, e RSS é outra fonte para afogá-las", explicou David Lifka, diretor de computação inovadora e de alta performance da universidade nova-iorquina de Cornell.

Segundo o site Computer World, são necessárias ferramentas que filtrem fontes da Web 2.0, como feeds RSS, wikis e blogs, descobrindo os dados relevantes e filtrando o resto.

Michael Cherry, analista da Microsoft, acredita que o uso corporativo mais amplo está sendo atrasado pela falta de um método que confirme a integridade dos dados da Web 2.0. Seria então necessário um sistema no qual as pessoas pudessem verificar precisamente a fonte da informação e sua credibilidade.

Uma solução poderia estar no certificado de identidade, oferecido pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos, mas a indústria de TI pode se recusar a se basear no governo para este tipo de resposta. Ainda não há esforços amplos entre corporações para criar padrões e políticas para isto.

Ainda assim, muitas companhias já começam a encontrar meios de se aproveitar da Web 2.0. Para Mike Suding, diretor de TI da divisão online da californiana Citrix Systems, diz que o wiki aumentou a colaboração nas unidades de engenharia e no departamento de vendas. A facilidade de delegar funções e administrar os espaços tornam o Wiki uma ferramenta mais simples que um espaço na Intranet, reduzindo os gastos com TI.

Para o analista da Enderle Group, Rob Enderle, mais empresas adotarão tecnologias Web 2.0 assim que problemas de dados forem resolvidos. "É apenas um caso de pular os obstáculos. O mercado está claramente se movendo nesta direção, mas muitas coisas impedem que isto aconteça rapidamente", explicou.





Fonte: Magnet

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