Juíza decide mandar Arcanjo a júri popular por mais 3 mortes
Esse é o segundo processo de homicídio onde o Comendador é acusado de ser o mandante que chega na fase de pronúncia. O primeiro foi o que apura a morte do empresário Sávio Brandão, que corre na 12ª Vara Criminal de Cuiabá, em que a juíza Maria Aparecida Fago, em dezembro do ano passado, também determinou que o Comendador seja levado a júri popular. O processo está em grau de recurso no Tribunal de Justiça.
O crime contra os três jovens em Várzea Grande, de acordo com a denúncia do Ministério Público Estadual, foi encomendado por Arcanjo porque as vítimas teriam assaltado uma banca de jogo do bicho, de sua propriedade, na avenida dos Trabalhadores, em Cuiabá. O homicídio seria uma forma de evitar que as bancas do jogo do bicho se tornassem alvo de assaltos, sendo um "exemplo".
Ainda de acordo com a denúncia, Arcanjo teria prometido pagar R$ 15 mil pelos três homicídios, mas não teria feito o pagamento integral porque um dos jovens teria sido assassinado por engano. A denúncia aponta que os homicídios foram cometidos pelo ex-cabo da Polícia Militar, Hércules de Araújo Agostinho, pelo ex-cobrador de Arcanjo, João Leite, e por Célio Alves.
Hércules confessou o crime, apontou a participação de João Leite, Célio Alves e afirmar que o mandante era Arcanjo. Ele chegou a ser condenado a 21 anos de reclusão pelas mortes. Entretanto, quando foi arrolado como testemunha de defesa de Arcanjo no processo, mudou a versão, afirmando que não tinha participado do sequestro, morte e ocultação dos cadáveres dos três jovens, tampouco sabia quem era o mandante. João Leite foi absolvido da acusação.
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