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Politica Brasil
Quarta - 11 de Abril de 2007 às 08:32

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O ex-prefeito de São Paulo e deputado federal Paulo Maluf, que foi indiciado em Nova York por suspeita de desvio de recursos na construção da avenida Roberto Marinho, pode ter arrecadado US$ 120 milhões em propinas, disse o promotor do distrito de Manhattan Robert Morgenthau.

Um júri popular indiciou Maluf e outras quatro pessoas por suspeita de roubo e conspiração em março, seguindo uma investigação liderada pelo escritório de Morgenthau com a cooperação de autoridades brasileiras. A assessoria de imprensa de Maluf disse que o caso é resultado de perseguição política e que o ex-prefeito nunca teve uma conta bancária em Nova York.

Morgenthau disse que o projeto da antiga avenida Água Espraiada deveria custar US$ 200 milhões, mas acabou custando US$ 600 milhões, em grande parte por meios ilegais. "Acusamos Maluf de passar US$ 11,5 milhões por aqui (Nova York) porque temos todas as notas. Podemos provar que isso tudo foram propinas nesse contrato. Acreditamos que ele roubou US$ 120 milhões desse projeto", disse Morgenthau.

O indiciamento alega que o dinheiro foi transferido para um banco de Nova York e então para outra conta em Jersey. Um mandado de prisão foi emitido, mas a lei brasileira impede a extradição de cidadãos brasileiros aos Estados Unidos. Não está claro se a ação judicial em Nova York pode levar a um processo contra Maluf no Brasil, embora o promotor tenha dito que as autoridades brasileiras indiciaram mais de 80 pessoas no Brasil com base nas informações dadas por ele.

O promotor disse ainda que seu escritório adquiriu ordens judiciais autorizando-o a entregar notas da investigação do júri para autoridades brasileiras. As deliberações do júri normalmente são mantidas em sigilo.





Fonte: Terra

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