Preço do álcool está 20% mais alto nos postos de combustíveis em Cuiabá
Os postos dizem que a alta foi provocada pela redução na oferta do produto. Já os distribuidores dizem que não há falta do combustível no Estado.
O álcool está, em média, 20% mais caro. Há duas semanas, o litro podia ser encontrado na capital por R$1,49. A baixa foi provocada por uma decisão da Justiça, que limitou a margem de lucro dos postos. Mas as liminares não conseguiram segurar os preços. Em alguns estabelecimentos, o produto está saindo por R$ 2,05. O sindicato dos revendedores alega que o desabastecimento por causa da entressafra da cana-de-açúcar.
"É isso que nos causa espanto. O Sindiálcool foi taxativo em dizer que não haveria falta de produto na entressafra em Mato Grosso e que os estoques da usina eram mais que suficientes para a entressafra. Disse que não haveria a necessidade de nem de repassar um aumento de preço e não faltaria álcool. Não é o que está acontecendo. Hoje, são poucas as distribuidoras que estão tendo álcool", disse Fernando Chaparro, presidente do Sindipetróleo.
Os principais prejudicados seriam os postos de bandeira branca. As distribuidoras pequenas não fariam estoque do produto por conta do alto custo alto gerado pelo ICMS. Já os produtores dizem que o álcool não está em falta. Das 11 usinas de Mato Grosso, três estariam operando. Segundo o sindicato, mais que o suficiente para suprir a demanda do Estado, que consome apenas 12% da produção local.
"Eu imagino que os revendedores possam estar tendo problemas mercadológicos. Isso é possível sim. Uma distribuidora que não é cliente daquela usina, que tem álcool pra vender, evidentemente vai ter restrições de venda. Vender à vista, só vender depois que for pago... esses aspectos mercadológicos podem estar acontecendo, mas dizer que o produto está em falta não é verdade", declarou Jorge dos Santos, superintendente do Sindálcool.
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