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Economia
Quinta - 29 de Março de 2007 às 16:53

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O dólar fechou nesta quinta-feira, dia 29, no patamar mais baixo dos últimos seis anos. No final do dia, a moeda era vendida a R$ 2,0440, em baixa de 1,21%. Trata-se da menor cotação desde 7 de março de 2001, quando o dólar fechou cotado a R$ 2,0460.

Mais uma vez o fluxo de recursos para o País se sobrepôs à atuação do Banco Central. Ou seja, a oferta foi muito grande, apesar da compra de moeda promovida pelo BC. Durante o dia, o dólar oscilou entre a máxima de R$ 2,0600 e a mínima de R$ 2,0400. Com o resultado de hoje, a moeda norte-americana acumula baixa de 4,31% no ano.

No horário de fechamento do dólar, o risco Brasil - taxa que mede a desconfiança do País na capacidade de pagamento da dívida - esta em 168 pontos base, o menor patamar já alcançado pela taxa desde 1992, quando a taxa foi criada pelo JP Morgan. Neste patamar, significa que os títulos da dívida brasileira pagam 1,68 pontos porcentuais acima dos juros dos papéis da dívida norte-americana, considerados sem risco.

Analistas avaliam que o principal motivo para a forte queda do dólar e do risco Brasil é a percepção de que a participação da dívida do País no total do Produto Interno Bruto (PIB), divulgada nesta sexta, melhorou muito com a nova metodologia de cálculo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A dívida líquida do setor público fechou fevereiro em 44,7% do PIB. Em valores absolutos, a dívida líquida de fevereiro era de R$ 1,076 trilhão. O BC também revisou a dívida líquida de janeiro, de 49,7% para 44,6% do PIB, em função da mudança de metodologia feita pelo IBGE. Em valores absolutos, a dívida líquida em janeiro era de R$ 1,067 trilhão.

Condições favoráveis

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, defendeu a atuação do BC no mercado de câmbio. Contudo, disse que o problema da valorização da moeda brasileira é conseqüência das condições favoráveis na economia do País. "As condições da economia brasileira, pelo sucesso no comércio exterior, pelo risco País atingindo as mínimas, leva à valorização da moeda. É inevitável. Temos de conviver com isso. Sabemos que não podemos impedir a valorização. Ela reflete a consolidação, o fortalecimento da economia brasileira", disse, após participar da reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN). "Não tem como o País ser forte, seguro e ter uma taxa de câmbio de país fraco e inseguro. Haveria uma incoerência", acrescentou.

Mantega disse, no entanto, que a consciência da inevitabilidade da valorização da moeda brasileira não elimina o fato dele estar preocupado com a questão. "Mas isso não quer dizer que nós tentaremos medidas mágicas para resolver esse problema. O governo tem atuado no que pode e o BC tem agido de forma eficiente", ponderou o ministro.

Ele também elogiou a condução da política monetária pelo BC, como já havia feito na quarta-feira. "Os novos resultados do PIB mostram que a política monetária está sendo acertada, eficiente", afirmou.





Fonte: AE

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