Leilões de soja podem minimizar prejuízos de produtores no Nortão
O presidente do Sindicato Rural de Sinop, Antônio Galvan, explicou que cerca de 80% dos sojicultores estão nesta situação. “Muitos acordaram com as empresas neste preço para viabilizar adubo e conseguir plantar”, destacou. "Os reais objetivos do governo nunca chegam na hora certa", acrescentou.
Uma das conquistas elencada pelo setor foi a redução do preço mínimo para R$ 14. O vice-presidende da Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja) no Norte, Nadir Sucolotti, explicou que o produtor que não conseguir alcançar o preço de referência, de R$ 22,50, não será punido, como nos leilões passados.
Por exemplo, quem comprometeu a safra a U$$ 9 a saca e fixar os preços com a cotação atual (o dólar fechou sexta-feira em R$ 2,06) receberá cerca de R$ 18. Com o prêmio que deve variar entre R$ 1,5 e R$ 1,7, esperado pelos produtores, pode chegar a R$ 20 e não será penalizado porque não alcançou R$ 22,50.
Sucolotti acrescentou que o setor continuará brigando para conseguir R$ 25 pela saca e assim obter uma pequena margem de lucro. “O prêmio ainda continua sendo pequeno e não mudou o valor de referência”, salientou.
Para participar do leilão, os produtores devem se habilitar, por meio de uma bolsa de mercadorias. Cada um poderá participar com a venda de, no máximo, 4.500 toneladas de soja e as cooperativas com 4.500 toneladas por produtor rural ativo, em cada operação. A venda só será efetivada se o produto estiver depositado em uma unidade armazenadora cadastrada pela Conab.
Na região Norte 1, que abrange Sinop, Sorriso, Vera, Tapurah, Santa Carmem, Juara, Guarantã do Norte, Feliz Natal, Colíder, Alta Floresta, Ipiranga do Norte, Itanhangá, entre outros, serão ofertadas 500 mil toneladas.
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