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Politica Brasil
Sexta - 23 de Março de 2007 às 11:58

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje, durante cerimônia de posse dos novos ministros da Agricultura, Turismo e Relações Institucionais, que enfrentou um "massacre" e mesmo assim conseguiu ganhar as eleições de 2006.

"Depois do massacre que o governo sofreu, mesmo assim as pesquisas mostravam que iríamos ganhar eleições", disse ele se referindo às acusações que surgiram contra integrantes do governo.

Segundo Lula, a sua vitória nas urnas pode ser atribuída ao voto de "milhões de almas que recebiam benefícios em suas casas, e muitas vezes não tinham acesso aos jornais e jornais de TV". "Mas essas pessoas passaram a contar na política. Passaram a ser sujeito da história. Deixaram de ser coadjuvantes vendo formadores dizendo o que eles deveriam fazer."

Lula disse que não quer mais comparações com o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e criticou a postura da mídia em relação ao seu governo.

"Brincava com o Guido [Mantega, ministro da Fazenda] que o IBGE diz que caiu investimento e cresceu o PIB, que mesmo o não crescimento se deve à quantidade de dinheiro colocado nas políticas sociais desse país. Falo sem medo de errar que não vou mais fazer comparação, pois tenho que me comparar com meu primeiro mandato. Nunca houve o que conseguimos fazer [na área social] nos primeiros quatro anos de mandato."

Lula disse que a democracia será ideal no país quando "um ser humano não precisar da informação de outro para tomar decisão em quem votar."

Reforma ministerial

O presidente justificou a demora em anunciar a reforma ministerial com o argumento de que o "time" do seu primeiro escalão não precisava de mudanças a curto prazo. Mas admitiu que mudou de idéia ao firmar a coalizão política com 11 partidos.

"Não precisaria trocar os jogadores após ganhar o jogo. Entretanto, após as eleições começamos a estabelecer nova dinâmica na política nacional na perspectiva desconstruir coalizão", afirmou.

Segundo Lula, a coalizão política vai mostrar ao Brasil "que é possível fazer política no país com P maiúsculo", a longo prazo, com ações que serão medidas pela população nos próximos 20 anos.

Palocci

O ex-ministro e deputado Antonio Palocci (PT-SP) reapareceu no Palácio do Planalto na cerimônia de posse dos novos ministros. Em seu discurso, Lula fez uma menção ao ex-ministro da Fazenda. Disse ao lado de Palocci que decidiu aumentar o superávit primário consciente das críticas que o governo iria receber.

"Mas sabíamos que uma palmadinha carinhosa ao invés de demonstrar sofrimento representa processo educativo. Hoje estamos vivendo momento importante na história desse país. Não apenas por causa da divulgação do PIB, nas mudanças feitas na economia brasileira", defendeu Lula.





Fonte: Folha Online

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