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Quinta - 04 de Abril de 2013 às 08:57
Por: Raquel Morais

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Necy Alves mostra animal que trocaria pelo cachorro entregue por engano à Zoonoses (Foto: Raquel Morais/G1)Necy Alves mostra filhote que trocaria pelo cão
entregue por engano à Zoonoses, em Brasília
(Foto: Raquel Morais/G1)

Um morador de Samambaia Norte, noDistrito Federal, tenta há dois meses recuperar o cachorro que entregou por engano ao canil do Centro de Controle de Zoonoses. Desempregado e doente, Necy Alves, de 60 anos, procurou a entidade no final de janeiro decidido a doar oito dos 15 cães que abrigava em casa. Na hora da entrega, no entanto, se confundiu e deu também o preferido, Preto.

"Estava passando mal e com sono. Mas dez minutos depois que o cara saiu daqui, dei fé e pensei: "Meu Deus, eu dei meu cachorro!" Só fui ter crédito para ligar cinco dias depois. Mas aí me disseram que ele já tinha um novo dono, alguém do Lago Sul, e que não podiam fazer nada", explica Alves.

O homem ainda tentou negociar com a Zoonoses a troca do cão por um dos filhotes dele, que na época tinha seis meses. O pedido foi negado pela entidade. Responsável pelo órgão, a Secretaria de Saúde informou que o cachorro só poderia ser recuperado se ainda não tivesse sido adotado e que não mantém cadastro com os dados dos novos donos dos animais.

Para Gonçalves, Preto está sofrendo pela distância. O homem conta que encontrou o cachorro na rua há seis anos, desnutrido e maltratado, e que desde então eles são muito apegados. Segundo o morador de Samambaia, o cão não se aproximava de mais ninguém.

"Ele é bem bravo e muito apegado a mim. Tenho certeza que dói nele também, que ele também sente a minha falta", afirma. "Eu quero o meu cachorro, ele é meu amigo. Não preciso de mais nenhum outro. Essa família que o pegou não vai ficar sem, se me devolver. É até melhor que pegue um novinho e ensine do jeito que quiser."

Abandono
A secretaria informou que o canil recebe entre 10 e 15 animais todos os dias. As principais razões apresentadas pelos donos são mudanças para espaços menores, alergia, dificuldades para manter o bichinho de estimação ou velhice. Já a média de adoções é de três por dia.

Ao chegar ao local os bichos são vacinados contra raiva e fazem o teste que comprova que eles não têm leishmaniose. Os exames costumam ser feitos em um dia. Na manhã desta terça, a Zoonoses tinha 65 animais à espera de um novo lar.

Para adotar um animal é preciso apresentar carteira de identidade para comprovar ter mais de 18 anos. O serviço funciona de segunda a sexta-feira, entre 11h e 17h. O canil fica localizado na Estrada Contorno do Bosque, lote 4, entre o Setor Militar Urbano e o Hospital de Apoio.





Fonte: Do G1 DF

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