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Meio Ambiente
Domingo - 11 de Março de 2007 às 19:59

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Rio de Janeiro - O 1º Simpósio Brasileiro de Mudanças Ambientais Globais, aberto hoje (11) no Rio de Janeiro, quer mostrar os avanços científicos brasileiros no campo das várias dimensões da ação da espécie humana sobre o ambiente global, segundo o organizador do evento, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais(INPE) Carlos Nobre.

De acordo com Nobre, que preside o Programa Internacional da Geosfera-Biosfera, a ciência tem que avançar para minimizar o potencial risco do setor agrícola para o clima mundial.

O simpósio termina amanhã (12) e, segundo Nobre, “vai identificar uma série de lacunas do conhecimento onde nós precisamos avançar; quais as áreas não cobertas, além da discussão do que nós conhecemos no Brasil sobre as mudanças ambientais globais”.

Nesta segunda-feira(12), os participantes do encontro analisarão os ciclos biogeoquímicos globais, como os ciclos do carbono e do nitrogênio - “que estão sendo radicalmente transformados pelas ações humanas” - e o que significa isso. Ou seja, qual é o impacto da mudança desses ciclos para a biodiversidade, para os recursos hídricos, para a produção agrícola.

O simpósio será encerrado abordando as dimensões humanas. Carlos Nobre explicou que será avaliada então a parte mais socioeconômica das mudanças ambientais globais. O maior foco será sobre a dinâmica dos usos da terra na Amazônia. “Por que a floresta está sendo desmatada? Não apenas o quanto, mas quais são os mecanismos que ajudam a entender os processos socioeconômicos subjacentes ao desmatamento da floresta amazônica”, adiantou.

Não há, segundo Nobre, intenção de subsidiar o governo com as conclusões obtidas no simpósio. Entretanto, dada à participação significativa de representantes do meio governamental, Carlos Nobre imagina que o efeito direto da revisão do conhecimento existente no Brasil sobre mudanças ambientais globais será útil à União.

Muitos dos cientistas envolvidos no simpósio participam do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, que é presidido pelo presidente da República, lembrou. “E o fórum tem um mecanismo muito direto de comunicação não só do que se sabe na ciência mundial e brasileira, mas das articulações, dos desejos, das sociedades representadas no fórum por organizações não governamentais, empresários e movimentos da sociedade civil”.

Nobre ressaltou ainda a multiplicação em curso no país de fóruns estaduais, como o do Rio de Janeiro, para a discussão de temas relacionados às mudanças ambientais. Ele acredita que esses mecanismos são os locais mais adequados para que os anseios da população cheguem ao nível do tomador final das decisões mais importante do país, que é o presidente da República.





Fonte: Agência Brasil

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