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Meio Ambiente
Quinta - 08 de Março de 2007 às 10:40

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O solo e as pedras estão mais quentes no início da noite do que ao amanhecer. Essa constatação simples levou à hipótese de que a luz do Sol deveria ser capaz de forçar alguns asteróides a girar cada vez mais rápido - até deformá-los ou quebrá-los em pedaços. A idéia, agora, está confirmada por observações e cálculos astronômicos, descritos em três artigos científicos publicados na internet nesta semana.

Dois desses trabalhos estão no serviço online Science Express, da revista Science, e o terceiro, no website da revista Nature.

"Os asteróides reemitem a luz do Sol sob a forma de infravermelho, ou radiação térmica, de seu lado noturno, enquanto giram", explica o pesquisador Mikko Kaasalainen, da Universidade de Helsinque, na Finlândia, e um dos autores do artigo da Nature. O trabalho descreve o aumento da rotação do asteróide 1862 Apollo, de 1,5 km de diâmetro. "Isso causa uma propulsão", chamada pelos cientistas de "efeito Yorp" (de Yarkosky-O´Keefe-Radzievskii-Paddack, pesquisadores que desenvolveram a teoria correspondente).

Ao devolver o calor do Sol ao espaço, a superfície do asteróide emite fótons, ou partículas de luz infravermelha, e com isso o astro acaba sendo "gentilmente empurrado" na direção oposta, diz Sephen Lowry, da Queen´s University de Belfast, principal autor de um dos artigos publicados pelo Science Express. "Trata-se de um processo extremamente lento". A equipe de Lowry detectou um aumento na taxa de rotação do asteróide 2000 PH5, com raio de 114 metros.





Fonte: Estadão

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