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Economia
Domingo - 04 de Março de 2007 às 04:51

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Com um rigoroso aparato destinado a garantir a segurança dentro e fora do monumental Palácio do Povo, a Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPCCh) - órgão de assessoria do governo e do Partido Comunista da China (PCCh), abriu sua sessão anual neste sábado.

A reunião antecede a abertura da plenária da Assembléia Popular Nacional (APN), o parlamento chinês, nesta segunda - feira. Sob a batuta da quarta geração de líderes chineses, seus 3.000 delegados deverão homologar, até o dia 15 de março, a polêmica lei da propriedade - privada.

Já o primeiro-ministro, Wen Jiabao, apesar do tremor que sacudiu os principais mercados acionários nesta semana, deverá reiterar, durante o seu tradicional discurso ao parlamento, que o governo almeja uma expansão econômica de 7,5% para 2007, a fim de conter o vertiginoso crescimento das disparidades sociais no país.

Pequim amanheceu com o esquema de segurança reforçado para assegurar o livre trânsito dos 2.000 membros do órgão consultivo presidido por Jia Qinglin, o quarto homem na hierarquia do PCCh. Segundo a Agência de Notícias Xinhua, cerca de 500 mil voluntários "ajudarão a polícia da cidade a manter a ordem pública durante as duas sessões".

"O ano de 2007 tem uma grande importância para o nosso Partido e para todo o País devido a celebração, durante o segundo semestre, do 17º Congresso Nacional do PCCh", disse Jia, em referência ao conclave político que - salvo uma súbita surpresa - chancelará mais um mandato de cinco anos ao atual presidente chinês, Hu Jintao.

Pronunciamento no parlamento

Mas, por enquanto, as atenções do mercado estão voltadas ao pronunciando de Wen no parlamento. Como de hábito, o primeiro-ministro apresentará o balanço oficial do ano passado e antecipará os objetivos para 2007.

Em seu discurso, ele reafirmará à nação mais populosa do planeta que as metas do 11º Programa Qüinqüenal são essencialmente sociais e que o rápido crescimento econômico não atende aos anseios do governo.

"Todos os chineses devem desfrutar das benesses do crescimento econômico. A média determinada permite que a renda per capita em 2010 duplique em relação à de 2000. O desenvolvimento deve correr de forma estável e relativamente acelerado, sem que os governos locais persigam exclusivamente a sua velocidade e compitam cegamente entre si", pregou Wen ao parlamento em 2006.

Para muitos analistas chineses, Wen poderá provocar alguns "soluços" no mercado ao frisar que a meta oficial fixa em 7,5% o crescimento médio anual do Produto Interno Bruto (PIB) até 2010, muito abaixo da expansão de 10,7% alcançada em 2006. "Cabe salientar que a meta reflete um ideal de governo", destacou o Shanghai Securities News, de olho na reação dos investidores.





Fonte: Estadão

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