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Sábado - 03 de Março de 2007 às 09:40
Por: Andréia Fontes

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O último foragido do "Caso Tijucal", Claudionor Rondon de Souza, tinha paradeiro conhecido pela Justiça de Campo Grande (MS), onde ele chegou a ser citado e intimado no dia 26 de dezembro do ano passado, mas não foi preso. Ele deveria ter comparecido ao Fórum daquela cidade no dia 13 de fevereiro deste ano, para ser ouvido no processo que responde pelo homicídio de Charles Araújo Martins, por meio de carta precatória, mas não foi.

Na Delegacia de Polinter e Capturas de Cuiabá há dois mandados de prisão contra Claudionor, da 12ª e da 15ª Vara Criminal. A 12ª Vara, onde corre o processo de homicídio, chegou a enviar, por fax, o mandado de prisão para Campo Grande.

A prisão de Claudionor foi decretada em agosto do ano passado, quando a Justiça acatou a denúncia do Ministério Público contra ele, por homicídio qualificado. Depois da prisão de Douglas Bazanini de Souza, em janeiro deste ano no município de Aparecida de Goiânia (GO) e já transferido para Cuiabá, Claudionor passou a ser o último foragido que é acusado de participação de um grupo de extermínio que agiu no Tijucal e teria feito mais de 30 vítimas.

Charles foi assassinado em setembro de 1996, em uma sequência de mortes ligadas ao "Caso Tijucal". No mês de maio, antes da sua morte, quando foram sequestrados os quatro primeiros meninos do Tijucal, Charles deu entrevista à imprensa afirmando que também havia sido vítima da tentativa de sequestro, mas tinha conseguido fugir.

Charles era porteiro de uma boate. Ele foi sequestrado em um bar, quando comprava cigarros, na presença de um irmão. O corpo de Charles foi encontrado próximo ao bairro Pascoal Ramos, sendo que parte dele foi carbonizado. A namorada de Charles, Eliane Silva, foi morta no mesmo ano. Ela tinha 15 anos na época do crime.

No pedido de prisão de Claudionor, o Ministério Público destacou que "as testemunhas mostram-se temerosas em seus depoimentos, o que leva a crer que o réu em liberdade poderá causar transtornos ao bom deslinde do processo". Diante disso, a juíza da 12ª Vara, Maria Aparecida Fago, decretou a prisão do réu "por entender conveniente à instrução criminal e para assegurar a aplicação da Lei Penal".

As mortes do Caso Tijucal tiveram início com o sequestro do menor Adriano Barbosa de Lima, o "Talinha", no dia 30 de abril de 1996. Dois dias depois seu corpo foi encontrado boiando na lagoa do CPA. Um dia após o sequestro de Talinha, sumiram os menores Vilmar da Silva Fernandes e Ednelson Soares e o jovem Marcos Henrique Sampaio, 19. Os corpos destes três nunca foram localizados.

As mortes teriam sido encomendadas porque os meninos teriam furtado uma televisão, um som, uma bicicleta e um par de tênis. Já responderam pelos crimes João da Silva Mendes, o "Caravelas" e Reginaldo Pires dos Reis, que estão em liberdade. O acusado de ser o mandante, Sebastião Corrêa Leite, ainda responde ao processo.





Fonte: Gazeta Digital

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