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Policia MT
Segunda - 01 de Abril de 2013 às 16:08

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Acusado de ser o principal suspeito de matar a advogada Alessandra Martignago, 30 anos, o paraguaio Cristiano Inácio dos Santos, 24 anos, é apontado como autor de outros quatro crimes, incluindo um homicídio, ocorrido em novembro do ano passado, em Primavera do Lesta (região Sul), e de molestar sexualmente uma adolescente, 14 anos. As informações foram levadas à Polícia Civil pela jovem e por familiares da mulher morta. As duas ocorrências também serão investigadas.

O delegado encarregado do caso, Marcelo Jardim, explica que após a divulgação da morte de Alessandra, algumas pessoas procuraram a delegacia apontando o paraguaio como autor de mais estes crimes. "Pessoas que foram ouvidas por nós disseram que quando ocorreu esta morte, ele foi visto chorando no velório e, dias depois, no túmulo da vítima. Como o modus operandi das duas execuções é parecido, hoje ele é apontado como suspeito de mais este crime".

De acordo com o boletim de ocorrência, registrado na época, uma pessoa, até então não identificada, teria invadido a casa da mulher, tentado manter relações sexuais e, em seguida, desferido vários golpes na cabeça, terminando por esfaqueá-la na região do pescoço. "As características são bem parecidas, embora ainda não tenhamos nenhuma prova técnica".

Jardim afirma que irá se encontrar com o delegado encarregado desta investigação para pedir a realização de exames de DNA em materiais deixados no interior da casa desta vítima. "Parece-me que foi deixado uma ou mais latinhas de cerveja, bitucas de cigarro. Então vamos tentar analisar este material para identificar, ou não, o suspeito".

Além das duas mortes, Santos é acusado de ter estuprado a ex-esposa e de ter molestado sexualmente uma jovem, 14 anos. "Só depois que ele foi preso é que essa menina reconheceu ele como autor do crime".

O delegado salienta que o perfil psicológico de Santos indica que ele possua algum tipo de psicopatia. "Pelas características, este não teria sido o primeiro crime dele". Pelos depoimentos de quatro pessoas já ouvidas e provas documentais, Jardim praticamente descarta a hipótese de que tenha existido entre vítima e acusado um relacionamento amoroso.

"Dois colegas de trabalho afirmaram que cerca de 20 dias antes ele teria dito que estava se relacionando com uma advogada bonita. Mas as provas que temos indicam que ela nem o conhecia. Ele invadiu a casa dela, chegou a ficar só de cueca e acabou fugindo após encontrar na casa o irmão da vítima. Na ocasião, uma ocorrência foi registrada, mas Alessandra não reconheceu o suspeito como ex-marido de uma funcionária sua".

Outro fato que corrobora com a tese do delegado, que deverá ser confirmada por uma junta médica, é a postura de Santos após o crime. "Ele já estava em outra fantasia, circulando no carro da vítima pela cidade com duas garotas de programa e um travesti".

A morte da advogada foi registrada na sexta-feira (29). Após ser localizado por familiares dela, Santos tentou fugir, mas foi baleado na perna, perdeu o controle do carro e capotou. O paraguaio segue internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional de Rondonópolis, em coma induzido, estado considerado estável, mas grave. Ao sair, deverá ser indiciado por latrocínio, roubo seguido de morte.






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