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Politica Brasil
Segunda - 26 de Fevereiro de 2007 às 06:12

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As pessoas que condenam as sucessivas mudanças de partido alegam que o troca-troca enfraquece as agremiações e diminui a possibilidade do eleitor cobrar a coerência na atuação parlamentar, pois o candidato eleito não estaria ligado assumidamente a nenhuma corrente ideológica.

Os políticos contrários à tese argumentam que a atual fragilidade das siglas motiva as migrações. Isso só poderia ser mudado através da reforma das leis, o que pode ser votada no primeiro semestre deste ano pelo Congresso.

O professor e cientista político Lourembergue Alves avalia que a fidelidade partidária é um dos componentes da democracia. Segundo ele, só dessa forma as agremiações deixarão de ser trampolim para candidatos de carreira.

"A reforma política não avança porque não interessa a maioria do Congresso e nem à classe política. Será que o governador Blairo Maggi levaria grande número de prefeitos para o PR se, no ano que vem, não tivessem eleições municipais? Claro que não", pondera Lourembergue, ao alegar que a grande adesão prevista a partir de março junto ao Partido da República é motivada pelo interesse dos pré-candidatos em se aliarem ao governo.

"As pessoas não querem saber a ideologia do PR. Querem estar junto ao poder para angariar recursos para suas bases eleitorais", completa Lourembergue. Atualmente, no Congresso Nacional existem 113 grupos de parlamentares que se reuniram nas chamadas frentes. Cada uma defende um segmento. Para o cientista política, isso é outra prova do enfraquecimento dos partidos. (TM)




Fonte: A Gazeta

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