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Internacional
Sexta - 23 de Fevereiro de 2007 às 15:23

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Dois trabalhadores italianos da empresa de construção Impreglio foram seqüestrados hoje na área de Port Harcourt, na Nigéria, enquanto um terceiro conseguiu escapar, confirmaram hoje fontes do Ministério das Relações Exteriores da Itália.

Este novo seqüestro faz subir para quatro o número de trabalhadores italianos capturados na região do delta do Níger, onde em 7 de dezembro outros três italianos foram seqüestrados, um dos quais foi libertado em janeiro após ficar doente.

O Ministério das Relações Exteriores da Itália pediu que as empresas italianas que operam na região do delta de Níger retirem a seus funcionários estrangeiros, afirmou ao canal de televisão "Sky TG24" a chefe da unidade de crise, Elisabetta Belloni.

O novo ataque contra empresas e trabalhadores italianos aconteceu em "uma zona de alto risco para a segurança em geral e, em particular, para os seqüestros", acrescentou.

"As condições de segurança neste momento são tão graves que é prudente trabalhar sem pessoal estrangeiro", disse Belloni.

O Ministério de Exteriores iniciou uma unidade de crise para acompanhar os eventos através da embaixada na capital nigeriana, Abuja.

O seqüestro ocorreu durante um ataque de desconhecidos que chegaram em lanchas a uma área onde a Impreglio construía uma ponte e aconteceu um tiroteio, disseram fontes ministeriais.

Os atacantes tentaram reter três trabalhadores, todos eles italianos, mas um conseguiu escapar, e por fim capturaram Lúcio Moro e Luciano Passarin, ambos da região de Friuli-Venezia-Giulia (norte), e que estão na Nigéria desde setembro de 2005 e julho de 2006, respectivamente.

Por enquanto, não há informações sobre a autoria do novo seqüestro, mas o último nessa zona contra trabalhadores italianos foi cometido pelo Movimento para a Emancipação do Delta do Níger (Mend).

O Mend ainda mantém retidos dois trabalhadores seqüestrados em dezembro, da empresa Agip, enquanto nesta semana outro de nacionalidade libanesa conseguiu escapar.

Após aquele seqüestro, o Mend afirmou que libertaria seus reféns através de uma "troca" por dois dirigentes do Delta do Níger, presos e processados por desvio de fundos e sedição, e negou que quisesse dinheiro.

Em um caso semelhante, em novembro passado, um refém britânico morreu e outro ficou ferido durante uma operação militar nigeriana para libertar sete trabalhadores seqüestrados da empresa italiana de hidrocarbonetos Saipem, também na mesma região.





Fonte: EFE

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