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Meio Ambiente
Quinta - 22 de Fevereiro de 2007 às 08:08

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Ambientalistas, fazendeiros e proprietários de pousadas localizadas às margens da Transpantaneira, que se inicia no município de Poconé (110 km de Cuiabá), advertem que "a mat6ança de jacarés" já recomeçou depois que o governo do Estado decidiu "fechar" o posto de fiscalização localizado no quilômetro 17 daquela rodovia e com a extinção do Batalhão da Polícia Ambiental.

No começo da noite de ontem, dois donos de pousadas, confirmaram, por telefone, que vários jacarés foram "abatidos" por "coureiros", caçadores profissionais que estavam praticamente extintos desde que o governo decidiu impor uma rígida fiscalização para coibir a caça predatória. Este fato, aliás, provocou até uma super população de jacarés (com exceção do jacaré de papo amarelo, que continua em grave risco de extinção).

Na semana passada, os ambientalistas e donos de pousadas colocaram uma faixa no posto "desativado", segundo eles, com a seguinte frase: "Está tudo liberado". Uma clara alusão de que as atividades predatórias seriam retomadas pelos "velhos caçadores" da região.

"E desativar o posto de fiscalização do Km 17 em plena Piracema foi uma decisão desatinada, sem lógica e que precisa ser revista imediatamente, porque os pescadores ilegais fazendo chegar o pescado em Cuiabá facilmente com o 'afrouxamento' da fiscalização. Se o governo tinha intenção de ampliar a fiscalização, extinguindo o Batalhão Ambiental, o efeito está surtindo efeito contrário", disse um dos que "assinaram" a faixa de protesto, que foi logo retirada por "policiais militares".

Os ambientalistas advertem ainda que os "traficantes de animais silvestres e os biopiratas também adoraram" a decisão governamental de fechar o posto de fiscalização e da extinção da polícia ambiental. "Agora sim, está tudo como eles (os traficantes e biopiratas" querem. O tráfico vai ganhar fôlego novamente", vaticinou outro proprietário de uma pousada, segundo o qual "basta as autoridades fazerem uma checada no local para ver as carcaças dos animais abatidos".

Além disso, os donos das fazendas alertam que a região está sem uma proteção fitosanitária "adequada", pois os animais (boi em pé) estão saindo sem um controle mais rigoroso. "Outro fato que é lamentável", pondera um criador da região.





Fonte: Olhar Direto

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