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Internacional
Quarta - 21 de Fevereiro de 2007 às 16:02

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O secretário do Comércio americano, Carlos Gutiérrez, que também preside a Comissão de assistência para uma Cuba livre, comparou nesta quarta-feira a ilha com a Coréia do Norte e avisou que seria um "erro trágico" reconhecer um "regime de sucessão" em Cuba.

"Deveríamos comparar a situação do povo cubano com a do povo norte-coreano", afirmou Gutiérrez, de origem cubana, durante uma conferência organizada pelo Conselho das Américas em Washington.

Em um discurso durante o qual reiterou que Washington não modificará sua política de embargo contra Cuba enquanto não acontecerem mudanças na ilha, Gutiérrez se negou categoricamente a comparar seu país de origem com a China, uma nação com a qual os Estados Unidos mantêm relações políticas e comerciais.

"Acho que é um equívoco comparar as mudanças que aconteceram durante 27 anos na China com as condições em Cuba", afirmou Gutiérrez, que preside a comissão de assistência para uma Cuba livre com a secretária de Estado Condoleezza Rice. Esta comissão, pediu, e obteve, em 2004 o fortalecimento do embargo imposto à ilha.

"Eu colocaria Cuba no mesmo patamar que a Coréia do Norte", declarou.

Segundo ele, ao contrário dos cubanos, os chineses "têm a liberdade de melhorar sua própria vida, de ter seu próprio comércio e de mudar de trabalho quando querem". O secretário do Comércio admitiu no entanto que o gigante asiático "ainda não realizou todas as mudanças necessárias para ser considerada uma sociedade totalmente livre".

Gutiérrez não duvidou em denunciar "a exploração e a repressão brutal" dos operários em Cuba.

Ele voltou a descartar qualquer flexibilização do embargo imposto há 45 anos pelos Estados Unidos à ilha.

"Sugerir que a suspensão das sanções econômicas enfraqueceria o regime e forçaria a mudança é ingênuo", declarou, dizendo-se convencido de que a política de Washington para Cuba é a melhor.

Ele rejeitou implicitamente o diálogo sugerido por Raúl Castro em duas oportunidades desde que seu irmão Fidel lhe entregou provisioriamente o poder, em 31 de julho do ano passado.

"Estamos fazendo todo o possível para transmitir a mensagem de que seria um erro trágico reconhecer um regime de sucessão em Cuba", disse ele.





Fonte: Reuters

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