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Internacional
Terça - 20 de Fevereiro de 2007 às 06:05

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O jornalista Ching Cheong, de Hong Kong, cuja condenação à prisão por espionagem tem rendido ao governo chinês fortes críticas da comunidade internacional, foi autorizado a um encontro com seus parentes após quase dois anos de isolamento, informou hoje a organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF).

Ching, que trabalhava como correspondente na China do jornal The Straits Times, de Cingapura, foi visitado na prisão de Cantão por sua mulher, a também jornalista Mary Lau Man-Yee, e dois irmãos, segundo um comunicado da RSF enviado à Efe.

Foi a primeira vez que Ching pôde ver seus parentes desde abril de 2005, quando foi detido. O seu julgamento aconteceu mais de um ano depois, em agosto de 2006.

A reunião durou meia hora, e foi permitida por ocasião das celebrações do Ano Novo chinês, a maior festa da cultura oriental, no qual as autoridades chinesas costumam fazer certas concessões a alguns réus. Em Pequim, por exemplo, mais de 500 presos receberam liberdade condicional.

"Parece que as autoridades chinesas estão tentando ser conciliatórias no caso de Ching. Pedimos ao Governo chinês que continue neste caminho", disse o comunicado de RSF.

Segundo Lau, seu marido parece estar bem, mas perdeu muito peso, tem muitas rugas, e sofre ocasionalmente de dores de estômago, além de insônia.

Lau acrescentou que Ching pediu a ela para não se preocupar com ele e "cuidar de seus pais".

Ching foi condenado por colaborar com agentes dos serviços de espionagem taiuaneses quando trabalhava em Taiwan. Sua mulher e a RSF denunciaram que o julgamento foi infestado de irregularidades e o repórter não pôde se defender.




Fonte: Agência EFE

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