Brasil tem 8,8 mil pós-graduações tipo lato sensu
Desde o boom de lançamento desses cursos, há cerca de cinco anos, nunca se soube exatamente quantos e onde eles estavam. Isso porque a legislação permite que as instituições de ensino superior abram e fechem os programas sem a autorização do ministério. Para existirem, é obrigatório apenas que tenham um mínimo de 360 horas, sejam feitos em até dois anos, com 50% do corpo de professores titulados com mestrado e doutorado, e apresentem ao aluno projeto pedagógico detalhado com a programação do que vai ser ensinado.
Pelo levantamento, a região Sudeste é onde está a maior concentração de cursos. São 4.995 programas, que representam 55% do total - uma proporção semelhante ao que ocorre com a distribuição dos cursos de graduação. No entanto, na pós lato sensu, a surpresa está no Centro-Oeste e Nordeste, ambos com mais de 1,2 mil cursos oferecidos. Por último está o Sul, com 951 programas.
Números
A maioria deles é dada por instituições particulares (89%). Entre as públicas, onde provocam polêmica por serem muitas vezes dados por fundações e cobrarem mensalidade, como no caso da Universidade de São Paulo (USP), as municipais respondem por 4,6%, as estaduais, por 3% e as federais, por 2,8%. Na distribuição por área, as ciências sociais aplicadas, ciências humanas e da saúde são as que mais concentram cursos. São 2.674 cursos, 2.527 e 1.961, respectivamente, que somados representam 80% do total.
Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão ligado ao ministério, responsável pela coleta dos dados, estão incluídos nessas categorias os cursos de Direito e os MBAs, que também representam metade dos 4,5 milhões de estudantes de graduação do Brasil.
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