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Economia
Quinta - 25 de Janeiro de 2007 às 06:00
Por: Aline Chagas

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As indústrias de Mato Grosso amargaram queda na produção e redução no faturamento em 2006. Mesmo assim, os empresários começaram o ano de 2007 com expectativas positivas de crescimento para a economia. Os dados constam da Sondagem Industrial realizada pela Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt) entre os dias 10 e 20 de janeiro com empresários e presidentes de sindicatos filiados à entidade.

De acordo com a pesquisa 78,70% dos empresários entrevistados afirmaram estar confiantes com os rumos da economia mato-grossense, enquanto 14,80% mostraram-se indiferentes em relação ao cenário econômico deste ano e, 6,60%, revelaram pessimismo.

Com relação à expectativa dos setores/atividades econômicas em 2007, 84,45% dos empresários mostraram-se confiantes e, apenas 9%, pessimistas.

Para o presidente da Fiemt, Mauro Mendes, o ânimo dos empresários com as atividades de 2007 tem como origem as notícias de investimentos de outras indústrias no Estado, como a Sadia e a Perdigão.

No total, são 25 projetos em implantação no Estado, com investimentos em torno de R$ 1,5 bilhão e a expectativa de geração de 20 mil empregos diretos.

Além disso, comentou Mendes, os empresários começaram a se ajustar após a crise do setor madeireiro, iniciada há dois anos como conseqüência da Operação Curupira, e a crise do agronegócio, que teve como epicentro a mudança no câmbio.

“A inércia da crise já passou. As indústrias começam a ter fôlego perante à realidade cambial e isso dá ânimo ao empresário e gera confiança para esse ano que começa”, explica Mendes. Atualmente há oito mil empresas (indústrias) cadastradas na Fiemt. Donos de 122 empresas em 25 cidades participaram do estudo, conduzido pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL).

AVALIAÇÃO - De acordo com a pesquisa, os empresários mato-grossenses avaliaram todos os tópicos relacionados ao ano de 2006 negativamente. Para 49,2% dos empresários entrevistados, quando o assunto é produção, o setor industrial mato-grossense registrou queda. 32,8% dos empresários responderam que a produção se “estagnou” e, apenas 16,4%, afirmaram que houve incremento.

Quando a pergunta é sobre o “volume de produção em 2006”, a resposta dos empresários é de que houve queda de 46,7%, enquanto 34,45 responderam que ocorreu “estabilidade” e, 18,8%, crescimento.

A sondagem da Fiemt revela que 41,80% das empresas trabalharam em 2006 com nível médio de utilização de capacidade instalada entre 60% e 79%. Nove por cento das empresas utilizaram entre 80% e 99% da capacidade instalada e, apenas 0,80%, operaram com 100% das suas máquinas no ano passado.

Com relação ao “resultado do estoque dos produtos finais em 2006”, 40,2% dos empresários responderam que houve estabilidade; 38,55%, queda, e, 12,3%, disseram que houve aumento dos estoques.

Mais de 40% dos entrevistados ainda avaliaram que em 2006 os preços/custos da empresa aumentaram. Já o faturamento, segundo 49,2% dos empresários, registrou queda, assim como a liquidez.(Colaborou Marcondes Maciel)




Fonte: Diário de Cuiabá

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