Juiz pretende manter julgamento de vendedora acusada de jogar filha na lagoa da Pampulha

O juiz Leopoldo Mameluque, que preside o julgamento da vendedora Simone Cassiano, acusada de jogar a filha de três meses na lagoa da Pampulha em janeiro do ano passado, informou na madrugada de hoje que não pretende interromper os trabalhos no 1º Tribunal do Júri de Belo Horizonte, a menos que algum dos sete jurados sinta dificuldade em acompanhar o julgamento por fadiga.

O julgamento de Simone começou nesta sexta-feira e os jurados já passaram por aproximadamente 10 horas de leitura de peças do processo e cerca de duas horas de exibição de vídeos encaminhados pela defesa e também pela acusação.

Simone está sendo julgada por tentativa de homicídio e pode pegar de 12 a 30 anos de prisão em caso de condenação. A estratégia da defesa é tentar desqualificar a acusação e transformar o crime em abandono de incapaz, com pena prevista de quatro anos de prisão.

Depois da exibição dos vídeos, cinco testemunhas de acusação e quatro de defesa estão sendo ouvidas. Depois dos depoimentos das testemunhas começa a fase em que o promotor, responsável pela acusação, e o advogado de defesa de Simone apresentam suas teses aos jurados.

A previsão do TJ de Minas é que as apresentações da promotoria e da defesa durem cerca de cinco horas. Tanto o promotor quanto a defesa têm duas horas para apresentar suas teses e meia hora de réplica e tréplica. A expectativa é que o julgamento deve se estender pela tarde de hoje.