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Economia
Sexta - 19 de Janeiro de 2007 às 17:46

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O setor de gemas e jóias de Mato Grosso está ganhando espaço na economia regional. Em 2006 o segmento demonstrou seu potencial com o lançamento da Coleção de Jóias Trans Pantanal, que envolveu 13 joalherias de Cuiabá e Várzea Grande, com a produção de 52 peças.

Para o secretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia, Alexandre Furlan, a coleção Trans Pantanal revela para o Brasil e para o mundo o potencial e a criatividade latente do setor joalheiro mato-grossense que precisa ser explorada. “Os designers de Mato Grosso nos surpreenderam com a mistura do ouro, gemas e com o couro de jacaré encontrado no Pantanal”, afirma Furlan.

O presidente da Associação dos Joalheiros, Indústria de Jóias, Empresários de Pedras Preciosas, Relojoeiros e Bijuterias do Estado de Mato Grosso (Ajomat), Ricardo Martins, acredita que a coleção vai trazer bons frutos e alavancar o setor. "A Coleção Trans Pantanal foi o começo, temos muito que progredir, buscar novas fronteiras, mostrar a força do setor para a sociedade e para o poder público. Já vendemos algumas peças da Coleção, agora estamos fazendo a reposição para participarmos da feira BaselWorld, na Suíça".

Em 2003 quando a Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme) desenvolveu em parceria com o Sebrae-MT o Projeto da Cadeia Produtiva de Gemas e Jóias em Cuiabá e Várzea Grande, o setor se encontrava desestruturado e desarticulado. “A primeira ação do Projeto foi realizar um levantamento técnico dos agentes produtivos e da Cadeia Projetiva de Gemas e Jóias, começando por Cuiabá e Várzea Grande”, acrescenta Furlan.

O Censo foi realizado com a intenção de identificar as joalherias, ourivesarias, lapidadores e designer de jóias que existem em Cuiabá e Várzea Grande. Ao todo foram realizadas 73 entrevistas, entre dezembro de 2004 e janeiro de 2005. O resultado da pesquisa mostrou que 62% dos estabelecimentos ligados ao setor são formais, 89% são microempresas, 73% somente comercializa jóias e 27% trabalha com produção de peças.

O presidente da Ajomat lembra que a joalheria em Mato Grosso está muito ligada à produção artesanal que, por um lado tem um grande valor agregado, mas por outro perde em competitividade. Ele aponta que 60% ou mais das jóias consumidas no Estado, vêm de fora. “Antigamente as jóias vinham de outros Estados e os joalheiros da região não tinham espaço. Mas com o lançamento da coleção Trans Pantanal mostramos que é possível fazer peças com a ‘cara’ de Mato Grosso. Porque a matéria prima é igual para todos, o que faz a diferença é o designer regional”, explica Ricardo Martins.

AJOMAT

Outro resultado obtido no ano passado pela categoria foi a criação da Associação dos Joalheiros, Indústria de Jóias, Empresários de Pedras Preciosas, Relojoeiros e Bijuterias do Estado de Mato Grosso (Ajomat). Apesar de ser uma atividade tradicional e de importância histórica para Mato Grosso, desenvolvida há décadas no Estado, só em 2006 o setor passou a ter uma entidade representativa. O presidente Ricardo Martins, de 32 anos e ourives há 18, disse que esta é uma experiência nova não só para ele, como para o setor que nunca esteve tão organizado.

CAPACITAÇÃO

Entre 2003 e 2006 o projeto desenvolvido pela Sicme em parceria com o Sebrae realizou diversas reuniões com representantes do setor para conhecer necessidades existentes. Neste sentido foram realizados cursos, palestras, consultorias, exposições de jóias premiadas e missões técnicas.

Somente em 2006 foram promovidos seminários sobre empreendedorismo, administração do negócio, linha de crédito para o setor, marketing, lapidação, gemologia, ourivesaria e cravação. Além dos cursos de desenho de jóias e designer.

Para 2007 o presidente da Ajomat já sinalizou as necessidades do setor. “Nesse segundo momento precisamos de cursos voltados para a mão-de-obra, que se encontra desatualizada e desqualificada, o que desmotiva a contratação de novos funcionários. Precisamos de cursos para formação de mão-de-obra, tanto para lapidação, quanto para manutenção e produção de jóias”, acrescenta Ricardo Martins.

TENDÊNCIAS 2007

Entre 2003 e 2006 o projeto desenvolvido pela Sicme em parceria com o Sebrae realizou diversas reuniões com representantes do setor para conhecer necessidades existentes. Neste sentido foram realizados cursos, palestras, consultorias, exposições de jóias premiadas e missões técnicas. Somente em 2006 foram promovidos seminários sobre empreendedorismo, administração do negócio, linha de crédito para o setor, marketing, lapidação, gemologia, ourivesaria e cravação. Além dos cursos de desenho de jóias e designer. Para 2007 o presidente da Ajomat já sinalizou as necessidades do setor. “Nesse segundo momento precisamos de cursos voltados para a mão-de-obra, que se encontra desatualizada e desqualificada, o que desmotiva a contratação de novos funcionários. Precisamos de cursos para formação de mão-de-obra, tanto para lapidação, quanto para manutenção e produção de jóias”, acrescenta Ricardo Martins.

Paralelamente ao lançamento da coleção Trans Pantanal, lançada em dezembro de 2006, a Sicme e o Sebrae trouxeram para Mato Grosso pela terceira vez consecutiva, o lançamento do Caderno de Tendência do Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM).

O Caderno de Tendências 2007 mostrou que os conceitos que norteiam as novas tendências da joalheria são o passado, o distante, e o Pantanal, que é um reservatório neste sentido.

Como o ouro nunca esteve tão caro, os elementos vazados também são uma tendência forte e a mistura de materiais também. Entre as matérias-primas, destaque para as ametistas, quartzo rutilado e madrepérolas. Por outro lado, estão em baixa, brincos longos, colar muito próximo ao pescoço, conjuntinho – anel, brinco, pulseira e colar iguais -, anel de formatura careta.

GEMAS DE MT

O Caderno Gemas de Mato Grosso lançado pela Sicme em parceria com a Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat), em dezembro de 2006, mostrou à Cadeia Produtiva de Gemas e Jóias a tipologia e a localização das principais ocorrências de diamantes e gemas já identificadas no Estado, de modo a selecionar as áreas cujas unidades geológicas possam se tornar grandes produtores desses bens minerais.

“Com a produção do Catálogo Gemas de Mato Grosso, o Governo do Estado quer contribuir para o desenvolvimento do setor de artesanato mineral, lapidação e joalheria no Estado, fomentando o uso de nossas riquezas minerais e contribuindo com a geração de emprego e renda”, afirma o secretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia, Alexandre Furlan.

Na primeira edição do Catálogo, além do diamante são apresentadas dez gemas encontradas no Estado, entre elas: granadas, zircão, diopsídio, quartzo, ametista, cristal de rocha, quartzo enfumaçado, quartzo róseo, turmalinas e ágatas.

“O Catálogo Gemas de Mato Grosso mostra que nosso Estado além de possuir uma das maiores reservas de diamante do país, tem demonstrado através dos levantamentos geológicos executados, um grande potencial para a produção de pedras coradas”, ressalta Furlan.

Colaborou: Assessoria/ SEBRAE-MT





Fonte: Assessoria/ SICME-MT

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