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Economia
Sexta - 19 de Janeiro de 2007 às 15:36
Por: Huberto Takayama

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Cada vez mais os consumidores estão conscientes do valor da qualidade dos grãos. Isto porque os de melhor qualidade são bem mais remunerados e os de qualidade comprometida são de difícil comercialização. Isto vale para o arroz, onde é levado em conta a percentagem de grãos inteiros, a cor e a aparência.

Vale para a soja, onde a acidez do produto aumenta os custos de refino do óleo, para o milho, onde contaminações por toxinas reduzem a convertibilidade, e também para outros produtos.

Em uma Unidade Armazenadora de Grãos a etapa do processo de secagem pela qual os grãos são submetidos é de fundamental importância, pois a partir dela poderemos conseguir manter um produto de boa qualidade para a armazenagem, industrialização e o consumo final.

O processo de secagem é aplicado para reduzir o teor de umidade de produtos agrícolas a níveis que possibilitem um armazenamento seguro. O teor de umidade corresponde a relação percentual entre a massa de água presente e o peso total do produto. Por exemplo, se uma carga de 28 toneladas apresenta teor de umidade de 15%, 4,2 t da carga é água; e 23,8 t é matéria seca formada por: carboidratos, lipídios, proteínas e sais minerais.

Para as condições brasileiras, o teor de umidade ideal para a armazenagem de grãos e sementes é de 13%. Este valor foi estipulado por estabilizar a atividade aquosa do produto e assim inviabilizar, principalmente, o desenvolvimento de fungos e bactérias e evitar o surgimento de grãos ardidos e com micotoxinas.

Existem várias técnicas de secagem que podem ser aplicadas em diferentes produtos. As de aplicação prática sempre utilizam o ar como meio secante.

O ar é usado, na maior parte dos sistemas de secagem, como elemento que entrega calor aos grãos ao mesmo tempo em que extrai a umidade. Assim sendo, as diferentes técnicas diferem apenas na forma como o ar e a energia transitam pelo sistema de secagem.

Os principais sistemas de secagem contam com secadores mecânicos, onde o produto a ser secado transita, em bateladas ou de forma contínua, para que se retire sua umidade. Via de regra, o ar aquecido, a temperaturas que variam conforme o desenho do secador passa pelo produto, aquecendo-o e retirando a umidade que é capturada por suas características higroscópicas.

Porém devemos ficar atentos às altas temperaturas, pois os grãos são entidades biológicas extremamente sensíveis à ação do calor, que quando excessivo pode causar danos importantes nas características do mesmo, como por exemplo, a alteração da integridade de tecidos, da acidez, dos níveis de proteínas, do poder germinativo e até mesmo influenciar na mudança da aparência do grão.

Desta forma, cada detalhe é muito importante no processo de secagem, pois no final, o processo adotado irá afetar consideravelmente na qualidade final do grão e no armazenamento, além de evitar eventuais perdas de energia e a danificação dos equipamentos que compõem a Unidade Armazenadora.

Huberto Takayama Engenheiro da CASP Centro Oeste

Informações para a imprensa: Raquel Barroso Assessoria de Imprensa CASP Centro Oeste (65) 9981-4163





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