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Economia
Sexta - 19 de Janeiro de 2007 às 08:29
Por: Debóra Siqueira

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Empresários de Cuiabá e Várzea Grande acusam a Worker Card Administradora de Convênios Ltda de dar calote no comércio em 2006 motivando a instalação de 15 processos contra a empresa distribuídos nas Varas Cíveis da Capital e nos juizados especiais da Morada da Serra, Tijucal e Centro. A empresa reconhece a dívida de R$ 700 mil junto ao comércio local e informa que só fará a quitação mediante a regularização do débito de R$ 900 mil devido pela prefeitura. A administração municipal nega a existência desse valor, afirma que não pagará a Worker Card mas garante ressarcir os comerciantes que ganharem liminares na Justiça.

O secretário municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão, Reginaldo Amorim, sustenta que desde 2005, quando o contrato foi assinado, a prefeitura repassava em dia os descontos feitos na folha de pagamento dos funcionários municipais que utilizavam os serviços da rede de varejo conveniada com o cartão, contudo as reclamações de comerciantes tornaram-se constantes a partir de março do ano passado.

"O estranho é que a prefeitura fazia os pagamentos na data prevista, mas os comerciantes não viam o dinheiro. Confesso que demoramos para tomar uma atitude mais contundente". Segundo Amorim, as transferências mensais eram de R$ 200 mil em média.

Mas o contador da empresa, Roberi Bueno, rebate a declaração e garante que a empresa suportou arcar com as dívidas com o comércio durante poucos meses, por falta de repasse da prefeitura. "Os pagamentos aos fornecedores eram de R$ 180 mil a R$ 200 mil por mês, a empresa não aguentou pagar, não tínhamos mais condições de continuar operando em Cuiabá".

A Worker Cards entrou com ação de arresto das contas da prefeitura e aguarda a decisão da Justiça. Como o contador alegou estar em viagem, não soube passar o número do processo que tramita em Cuiabá.

O procurador geral do município, José Antônio Rosa, alega que a suspensão dos pagamentos foi motivada por quebra de confiabilidade com a Worker Card, mas os credores da administradora de cartões que ganharem o direito na Justiça vão receber o valor devido diretamente dos cofres municipais.

Até hoje foram liberados em depósito judicial R$ 153 mil aos credores da Worker. O secretário de Finanças, José Carlos Carvalho, alega que não há empenho para pagar a Worker, contradizendo a informação do contador de que havia uma sinalização para quitação da dívida no próximo mês.

O saldo bloqueado, fruto dos descontos na folha dos servidores, é de R$ 450 mil, valor insuficiente para quitar os débitos com a rede conveniada. "Com esse dinheiro vamos pagar as pessoas que ganharem ação na Justiça. Quando cessar os recursos, os outros terão que ir atrás da empresa e solicitar a penhora dos bens", adianta o secretário Reginaldo Amorim.




Fonte: A Gazeta

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