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Sexta - 19 de Janeiro de 2007 às 08:24
Por: Josi Costa

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Uma pessoa pode sobreviver até 40 dias sem se alimentar, mas a desidratação causada pela falta de água pode matar em questão de horas. A sede é a "luz vermelha" para manter a composição de 70% de água no corpo, já que as fezes, urina e suor reduzem, naturalmente, essa reserva.

Embora a mídia se concentre mais em falar da fome, o mais recente Relatório das Organizações das Nações Unidas (ONU) estima que 1,1 bilhão de pessoas vivem sem acesso à água potável. Diante desse alarme, 191 países se propuseram a reverter esse quadro pela metade, nos próximos sete anos, entre eles o Brasil. Em Cuiabá, capital com população estimada em 600 mil habitantes, superam R$ 220 milhões, os recursos necessários para resolver os problemas de saneamento básico, segundo pesquisa da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

Apesar de não acessível a todos com a qualidade que garanta saúde, toda pessoa precisa beber pelo menos dois litros de água por dia, ainda que consuma outras bebidas e alimentos riscos em água, segundo a coordenação do Curso de Nutrição, Vanessa Dacorso, 33, da Universidade de Cuiabá (Unic). Na capital, o calor intenso aumenta essas perdas. Vanessa alerta que a escassez de água no organismo dificulta o transporte de nutrientes, além de comprometer a nutrição das células e a manutenção da temperatura do corpo. A água também auxilia o funcionamento do intestino, mas não é aconselhável sua ingestão durante as refeições. "A água ocupa espaço e causa distensão do estômago", explica.

A nutricionista lembra ainda que as gestantes precisam tomar mais água para garantir a produção de leite. Os bebês também, em razão da limitada capacidade de trabalho dos rins. A não ingestão de água é uma das razões que pode adoecer os rins e até mesmo levá-los à falência.

Do tamanho do punho de um adulto e em forma de grãos de feijão, os rins eliminam as toxinas do corpo, regulam a pressão sanguínea e a formação dos glóbulos vermelhos no sangue. O envelhecimento precoce, espinhas e cravos também são resultados da insuficiência de água no organismo, segundo ela.

Hiploclorito - Pelo menos 30 mil pessoas em Cuiabá, sem contas com famílias que atualmente vivem em ocupações irregulares "grilos" rejeitam a água que chega até suas casas, retiradas de poços artesianos. Há quem reclame da cor e outros do sabor salobro.

Na periferia, onde a oferta de água é mais precária, adultos, crianças e idosos consomem água de ligações clandestinas sujeitas a todos tipo de contaminação, por infiltração nos canos. O descuido com as caixas d"água, em Cuiabá, estão entre os problemas constatados pelos agentes de saúde que atuam para educar a população no controle de doenças entre elas, a dengue e as verminoses.

Segundo a gerente do Centro de Zoonoses (CCZ) Moema Blat, a falta de consciência quanto à responsabilidade de limpeza desses reservatórios é tão evidente que pessoas ligam para o Centro certos de que cabe aos servidores executar o serviço. Uma das ações desenvolvidas pelos agentes de saúde do Programa de Saúde da Família (PSFs) para é a distribuição do Hipoclorito de Sódio para aumentar o grau de de segurança da água guardada em caixas de água ou outros recipientes.

Ela orienta que deve-se aplicar uma colher de sopa do produto para cada litro de água. O mesmo procedimento vale para imersão de frutas, verduras e legumes, por cinco minutos, antes do consumo, quando nãos e conhece a procedência da água usada para regar esses alimentos. Um quarto dos leitos públicos, de todos os hospitais, são ocupados por pacientes afetados por doenças ligadas à agua, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).




Fonte: A Gazeta

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