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Politica Brasil
Sexta - 19 de Janeiro de 2007 às 08:08
Por: Márcia Raquel

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A saída do governador Blairo Maggi do PPS não implicará em perda para o partido. A avaliação otimista é do presidente da Executiva Estadual do PPS, deputado estadual eleito Percival Muniz. Recluso a cerca de 15 dias em sua fazenda, na região do Xingu, Muniz falou, por telefone, como pretende reestruturar o partido em Mato Grosso e disse que a saída de Blairo Maggi já era esperada, uma vez que o governador nunca foi sintonizado com a ideologia socialista.

“Não considero nenhuma perda não. O partido já vinha trabalhando isso, sabia dessa diferença de ideário do governador e do PPS e sabia que mais cedo ou mais tarde iria acontecer esse descasamento”, avaliou o dirigente.

“O Blairo Maggi nunca ligou para partido. E o PPS sofreu muito com isso”, disse o deputado eleito Percival Muniz, ao ponderar que a tendência é que Maggi continue com a mesma postura nesse segundo governo.

Imbuído da missão de aprofundar um projeto popular e socialista no Estado, Muniz avalia que restarão no partido somente as pessoas que se identificam com o ideário do PPS. Segundo o dirigente, se esse esvaziamento não acontecesse agora, com a saída do governador da legenda, ele se daria em um futuro muito próximo, a partir da construção de um novo projeto partidário. “A tendência é que as lideranças que estão no partido só por comodidade tenham dificuldades em ficar”, ponderou.

Tão logo os seguidores de Maggi deixem o partido, a intenção é fazer uma reunião de avaliação para saber como e com quem trabalhar. “Se sobrar dois vamos trabalhar com dois, se sobrar 100 vamos trabalhar com 100. Mas uma coisa é certa, o partido tem a obrigação de consolidar o projeto popular e socialista no Estado”, disse Percival.

Otimista, o dirigente acredita que o partido não vai perder muitos filiados e sim líderes políticos que deverão seguir o governador. No entanto, Percival arrisca dizer que até junho deste ano, todos os líderes que deixarem o partido já terão substitutos. “Temos deixado as lideranças do PPS muito à vontade porque a gente não sabe se estão no partido pelo partido ou pelo governador”, disse.

Pela previsão de Percival, uma reunião ampliada com todos os remanescentes do PPS poderá ser feita no início de fevereiro. a principal pauta será estabelecer um cronograma de reestruturação partidária, que contará com uma “jornada socialista” que percorrerá todo o Estado em busca da reestruturação dos diretórios municipais.

Depois disso, a intenção é realizar um congresso estadual para fechar as discussões em torno do novo projeto do partido e a relação de filiados com vistas às eleições municipais de 2008. “Até outubro teremos a relação dos filiados que poderão disputar as eleições. Depois disso é preparar o partido para a disputa e discutir as alianças”, considerou Muniz.




Fonte: Diário de Cuiabá

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