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Economia
Quarta - 17 de Janeiro de 2007 às 15:49

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A administração da dívida pública neste ano terá como objetivo minimizar os custos de financiamento e manter o risco em um nível considerado "prudente". Para isso, o Tesouro Nacional irá trabalhar para alongar o prazo médio do estoque dos títulos públicos, reduzir os vencimentos no curto prazo (12 meses), substituir gradualmente os papéis pós-fixados por prefixados e ampliar a base de investidores.

Essas ações constam do PAF (Plano Anual de Financiamento) de 2007, que prevê ainda que a dívida interna irá crescer no mínimo R$ 136,5 bilhões.

"A principal hipótese adotada na elaboração dos cenários [traçados na estratégia de financiamento] foi a manutenção, em todos eles, das diretrizes atuais de política econômica e a conseqüente coerência das respostas aos choques considerados", diz o documento do PAF, divulgado hoje.

Com base nessa estratégia, a expectativa do Tesouro é que a dívida interna em títulos termine o ano entre R$ 1,230 trilhão e R$ 1,300 trilhão. No ano passado ela fechou em R$ 1,09 trilhão. Ou seja, na melhor das hipóteses ela crescerá R$ 136,5 bilhões (12,5%). No limite superior, o crescimento seria de R$ 206,5 bilhões (18,9%).

A administração da dívida espera com sua estratégia elevar o prazo médio do estoque de 31,1 meses para um período entre 32 meses e 36 meses. Já a dívida que vence em 12 meses, que em 2006 representou 35,7% do total, deverá ficar em 2007 entre 29% e 33% do total.

Isso significa uma redução do risco de refinanciamento. Com uma perspectiva boa para o futuro, os investidores admitem comprar títulos com prazo mais longo.

Para atingir os limites do PAF, o Tesouro terá que elevar a participação dos títulos prefixados e indexados a índice de preços. Eles deverão terminar o ano com uma participação entre 37% e 43% e entre 23% e 27%, respectivamente. Em 2006, ficaram em 36,1% e 22,5%.

Os títulos prefixados dão maior previsibilidade para a administração da dívida, já que se sabe com antecedência o quanto irá pagar por cada título no dia do vencimento.

Os limites do PAF prevêem uma queda para as parcelas da dívida indexadas à Selic (pós-fixada) e ao dólar. No primeiro caso, o limite inferior é 29% do total e o superior, 36%. Em 2006, ficou em 37,8%. Já na variação da dívida atrelada ao dólar, o Tesouro espera que ela fique entre 1% e 2% do total, contra 1,3% em 2006.





Fonte: Olhar Direto

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