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Segunda - 15 de Janeiro de 2007 às 23:32

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A Polícia Judiciária Civil realizou nesta segunda-feira a "Operação Boa Vista", nos municipios de Alto Boa Vista (a 1.063 quilômetros de Cuiabá) e São Félix do Araguaia (1.143 km), com o objetivo de apurar supostas irregularidades ocorridas na prefeitura do município de Alto Boa Vista. A Operação cumpriu sete mandados de busca e apreensão na prefeitura municipal, na secretária de finanças, nas residências de alguns secretários municipais e do prefeito, além de escritórios de contabilidade em São Felix do Araguaia.

Denúncias encaminhadas à Delegacia Fazendária revelaram que diversos processos teriam sido empenhados utilizando-se de documentos fiscais oriundos do Estado de Goiás e Tocantins, os quais, após submetidos a verificação prévia na origem, demonstrariam tratar-se de documentos fiscais fraudulentos — como "notas fiscais falsas e notas clonadas". Desde 2002, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) vem rejeitando, sistematicamente, as prestações de conta do município, mas as mesmas foram aprovadas anualmente pela Câmara Municipal.

As investigações apontam que as fraudes seriam similares às realizadas no município de Confresa, que culminaram com a cassação e prisão do prefeito Iron Marques e de secretários municipais. Em Confresa, uma quadrilha desbaratada no Estado do Tocantins havia vendido ao município a importância de R$ 700 mil em notas fiscais falsas de empresas dos Estados do Tocantins, Goiás e Distrito Federal, similares às notas fiscais utilizadas nos empenhos da Prefeitura de Alto Boa Vista.

Desde 2001, uma quadrilha oriunda do Estado do Tocantins vinha comercializando documentos fiscais falsos ou clonados junto às prefeituras daquele Estado e também no Estado de Mato Grosso. A quadrilha vendia notas fiscais falsas de empresas estabelecidas nos estados de Goiás, Tocantins e Distrito Federal, similares às que foram encontradas nas contas da Prefeitura de Alto Boa Vista.

Dois delegados, cinco escrivães e 12 investigadores de polícia participam da Operação. Um auditor do Estado também acompanha a operação, ajudando a separar a documentação necessária à investigação.





Fonte: RMT-Online

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