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Economia
Quarta - 27 de Dezembro de 2006 às 08:11

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O desempenho positivo do comércio em novembro e dezembro, com alta de 10% em relação ao mesmo bimestre de 2005, não foi suficiente para impedir a queda de 10,31% no volume de vendas em 2006. O resultado é a extensão da crise que assolou 2005, quando o setor amargou o recuo de 8,63% no volume de comercializações após o incremento de 10,26% registrado em 2004. Os números foram divulgados pela Federação do Comércio (Fecomércio/MT), com base em levantamento entre 300 empresas de todas as regiões do Estado.

"Para 2007 esperamos a retomada do crescimento, principalmente no primeiro trimestre, em torno de 4% na comparação com os 3 primeiros meses do ano anterior. É uma tendência de mercado", avalia o presidente da Fecomércio, Pedro Nadaf, em tom de otimismo.

Ele baseia o prognóstico na reação dos preços das commodities agrícolas no mercado internacional e a propensão de baixa na taxa de juros no próximo ano. A projeção também leva em conta a ampliação do crédito consignado e na oferta de crédito para capital de giro para as micro e pequenas empresas com a vigência da nova lei ao setor, a partir de julho.

O resultado das vendas do Natal foi abaixo dos 8% esperados pela entidade, com acréscimo de 5,26% em relação a 2005. Contudo, as vendas no mês de novembro foram 4% maiores que no mesmo mês do ano passado. "Na primeira avaliação esperávamos a elevação de 5%, mas devido ao bom desempenho das vendas em novembro, as expectativas foram mais otimistas. Vimos que o consumidor antecipou as compras de Natal. Portanto, no somatório dos últimos 2 meses do ano, houve o aumento de 10% nas vendas de final de ano".

Alguns segmentos tiveram mais destaque que outros no desempenho positivo das vendas natalinas. As linha de imagem e som, computadores, celulares e a linha branca (geladeira, ar condicionado, fogão e máquina de lavar) apresentaram melhor performance que outros ramos comerciais, como o de tecidos e armarinhos. "Se eles não registraram queda, deve pelo menos empatar os resultados com o do ano passado".

Os 2 anos sucessivos de retração comercial iniciaram com as crises nos setores de agricultura e madeireiro no final de 2004. A adição das altas taxas de juros e a baixa oferta de crédito à pessoa física contribuem para o desenho do quadro de desaceleração da economia.

Serasa - Segundo o Indicador Serasa do Nível de Atividade do Comércio houve alta de 5,6% nas vendas na semana de 18 a 24 de dezembro de 2006 em todo o país. As compras de última hora, as promoções e as facilidades de crédito mantiveram o crescimento das vendas do comércio durante a semana do Natal.

Para a Serasa, o crescimento do emprego formal, recuperação da renda, queda dos juros e inflação e o reajuste do salário mínimo proporcionaram ao consumidor melhores condições nas compras em 2006.





Fonte: Gazeta Digital

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