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Economia
Terça - 26 de Dezembro de 2006 às 13:16

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A empresa Acácia Biodiesel Ltda deverá iniciar dentro de aproximadamente 60 dias a operação de sua planta de produção de Biodiesel em Comodoro, com capacidade inicial para 12 mil litros/dia, gerando aproximadamente dez empregos direto na indústria e mais 300 indiretos.

Segundo informações do diretor Rogério Caproni (Mineiro) a instalação dos equipamentos adquiridos da empresa Amazônia Eco Biodiesel, de Tangará da Serra, devera iniciar a partir da próxima semana. "Já recebemos alguns equipamentos, e estamos concluindo as obras do barracão. Esperamos poder iniciar a produção dentro de no máximo dois meses", afirma o empresário.

MATÉRIA PRIMA

A usina deverá utilizar para a produção de Biodiesel óleos de origem vegetal e animal, "a planta industrial inclui uma esmagadora de grão para a produção de óleos vegetais, podendo utilizar como matéria prima: soja, caroço de algodão, girassol, pinhão manso, ou qualquer outra oleaginosa, além de gorduras animais, como sebo e óleo de cozinha reciclado", revela.

Segundo Mineiro a empresa pretende iniciar nos próximos dias um programa de troca evolvendo restaurantes e donas de casa, com a troca de 4 litros de óleo usado por um litro de óleo novo. A empresa também deverá iniciar o cadastramento de agricultores familiares interessados no cultivo de pinhão manso, visando à obtenção do selo social.

MERCADO

O empresário avalia que a produção inicial deverá ser absorvida integralmente pelo mercado local, especialmente pelo setor madeireiro. "Estamos propondo um convênio com a Associação das Indústrias Madeireiras de Comodoro (ASSIMCO) para fornecer o combustível com um desconto especial, o que garantiria mercado para toda produção da usina nesta primeira fase. Numa segunda etapa, pretendemos dobrar a produção, o que deverá acontecer em seis meses", adianta Rogério.

Mistura biodiesel/diesel O biodiesel ser usado misturado ao óleo diesel proveniente do petróleo em qualquer concentração, sem necessidade de alteração nos motores Diesel já em funcionamento, porém em alguns motores antigos no Brasil necessitam de alterações.

O programa brasileiro de biodiesel determina criou a formula BX, onde X se refere à percentagem em volume de biodiesel adicionado ao diesel proveniente do refino de petróleo. A concentração de biodiesel é informada através de nomenclatura específica, definida como BX, onde X refere-se à percentagem em volume do biodiesel. Assim, B5, B20 e B100 referem-se, respectivamente, a combustível com uma concentração de 5%, 20% e 100% de biodiesel (puro).

Com a adição obrigatória de 2% ao diesel de petróleo a ANP (Agência Nacional do Petróleo) deverá adquirir através de leilões públicos um volume estimado entre 850 a 900 milhões de litros em 2007, uma vez que o consumo anual de diesel no Brasil é calculado em 50 bilhões de litros/ano.

TECNOLOGIA

Segundo Luiz Carlos Machado, diretor da Amazônia Eco Biodiesel, o biodiesel é obtido através de uma reação denominada transesterificação de triglicerídeos (óleos de origem animais ou vegetais) com álcoois de cadeia curta (metanol ou etanol), tendo a glicerina e sabão como sub-produtos. A reação de transesterificação é catalisada por ácido ou base, dependendo das características do óleo e/ou gordura utilizados.

O combustível pode ser produzido a partir de óleos e gorduras animais ou vegetais, podendo ser feito o reaproveitamento de óleos de frituras, as borras de refinação, etc.

Após a reação de transesterificação, os ésteres resultantes devem ser separados da glicerina, dos reagentes em excesso e do catalisador da reação. Isto pode ser feito em 2 passos.

Primeiro separa-se a glicerina via decantação ou centrifugação. Seguidamente eliminam-se os sabões, restos de catalisador e de metanol/etanol por um processo de lavagem com água e borbulharão ou utilização de silicato de magnésio, requerendo este ultimo uma filtragem.

A Amazônia Eco Biodiesel desenvolveu tecnologia própria para a produção de biodiesel, fabricando em Tangará da Serra todos os equipamentos necessários para usinas de pequeno e médio porte. “A grande vantagem da tecnologia desenvolvida pelo empresário Aldo Batista da Silva, proprietário da empresa, é o barateamento dos custos, desde o investimento na implantação da planta industrial a operação da usina”, ressalta Luiz Machado.





Fonte: Agência de Notícias dos Municípios

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