Para a instituição, o HB20 demonstrou boa estabilidade estrutural, mas seus cintos de segurança (e pré-tensionadores) não puderam evitar alta carga em determinadas áreas do corpo dos ocupantes, o que impediu a obtenção de quatro estrelas na segurança oferecida a adultos. O Latin NCAP aponta, ainda, que a proteção oferecida às crianças precisa ser melhorada, pois um dos sistemas de retenção infantil se rompeu devido às altas cargas a que foi submetido pelo cinto de segurança. Com isso, o boneco que simulava a criança de três anos se chocou contra o assento do banco dianteiro. Além disso, o manequim que representava a criança no bebê-conforto (voltado para o sentido oposto ao do movimento) foi submetido a grande desaceleração.
Ford EcoSport
Líder de vendas no segmento (veja o ranking de março), o utilitário foi tão bem avaliado quanto o New Fiesta na segurança oferecida a adultos e conseguiu quatro estrelas na avaliação. Na proteção a crianças, porém, ele recebeu uma nota a menos que o hatch, e ficou com três estrelas. De acordo com o Latin NCAP, o teste demonstrou mais uma vez a importância de sistemas de fixação como o Isofix, que facilitam a instalação dos dispositivos de segurança infantil - bebê-conforto, cadeirinha e/ou assento de elevação. Mas explicou que os resultados não foram ótimos em algumas leituras feitas pelos sensores, por isso a classificação não chegou a quatro.
Confira os vídeos que mostram os testes de colisão do HB20 e do EcoSport:
Novos testes e conclusões do Latin NCAP
A partir deste ano o Latin NCAP vai adotar um novo protocolo e iniciar testes de impacto lateral segundo a norma 95 das Nações Unidas. Outros requerimentos paralelos também serão incluídos para que se possa atingir a classificação máxima. Em julho e por volta de outubro e novembro, novos resultados serão divulgados.
O Latin NCAP realiza os crash tests frontais de veículos cedidos por montadoras ou adquiridos a partir do patrocínio de instituições que apoiam o programa. A colisão é realizada a 64 km/h contra uma barreira deformável descentralizada, que atinge 40% da parte dianteira do veículo. Após o impacto, sensores medem os efeitos do choque sobre dois manequins de tamanho adulto (que ocupam os bancos dianteiros) e outros dois que simulam a presença de uma criança de três anos e outra de um ano e seis meses nos assentos traseiros. A nota máxima para cada avaliação é de cinco estrelas.
Desde 2010, o Latin Ncap já realizou o test crash em 28 modelos. Na próxima fase, a instituição pretende incluir o teste de impacto lateral, e talvez o teste feito com pedestres, ambos já realizados pelo Euro NCap.
Na última bateria de testes, divulgada em novembro de 2012, os carros brasileiros foram criticados pela instituição por conta da defasagem em relação aos modelos europeus. Para o engenheiro Dino Lameira, especialista da área automotiva do PROTESTE Brasil, os modelos mais básicos comercializados aqui e no restante da América Latina estariam 20 anos defasados em relação aos similares europeus e americanos.
Veja as notas de todos os testes do Latin NCAP
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