Acusados de matar família são transferidos

Os dois homens que confessaram o assassinato de um casal e do filho de cinco anos ao atear fogo no veículo onde as vítimas foram presas, em Bragança Paulista (SP), foram transferidos ontem, segundo a Folha de São Paulo . A dupla foi encaminhada da Penitenciária 2 de Sorocaba (SP) para um outro presídio. O destino não foi divulgado por motivo de segurança.

Os suspeitos chegaram na P2 de Sorocaba na quinta-feira à noite. Cada um deles ficou isolado na área conhecida como "seguro" - destinada a detentos jurados de morte. Na semana passada em Bragança Paulista, quando foram presos acusados de queimar viva uma família, eles foram ameaçados de linchamento pela população.

O eletricista Luiz Fernando Pereira, 38 anos, e o soldador Joabe Severino Ribeiro, 36 anos, confessaram à polícia que amordaçaram, amarraram e queimaram vivos o casal Eliana Faria da Silva, 32 anos, e Leandro Donizete de Oliveira, 31 anos, e o filho Vinícius, 5 anos, e uma funcionária da loja. Em Limeira (SP), a única sobrevivente do crime, a gerente de caixa Luciana Michele Dorta, 27 anos, passou por uma cirurgia de enxerto de pele. O crime foi cometido após a dupla ter roubado a loja da família, no centro de Bragança Paulista.

A casa de Ribeiro foi pichada. Na porta da oficina em que trabalhava, anexa à casa, escreveram "fim de carreira". No muro, com erros de português, picharam que ele deveria morrer queimado e que, além de "covarde", o acusado é um "mardito".

Monstro Em depoimento à polícia, Luiz Fernando Pereira contou detalhes do crime. Ele disse que desligou a rede elétrica da casa de Eliana para rendê-la. Depois pularam o muro. Ele relatou como foi o final da noite do crime: "Cheguei em casa, tomei um banho e dormi".

Na quinta-feira, os acusados voltaram ao local do crime para procurar uma camiseta usada por um deles, mas a peça não foi encontrada. Lá, Pereira chorou, disse estar arrependido e se definiu como "monstro".