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Politica Brasil
Segunda - 11 de Dezembro de 2006 às 07:11

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Novo parecer técnico do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) aprovou, com ressalvas, as contas da campanha do governador Blairo Maggi (MD), que devem ir a julgamento amanhã. Na última quarta-feira, conforme antecipou o Olhar Direto, o primeiro parecer – elaborado pela Coordenadoria de Controle Interno e Auditoria – recomendou a rejeição das contas.

Na defesa prévia encaminhada ao TRE, Maggi conseguiu convencer os técnicos de que não utilizou recursos de origem não-identificada. Maggi recebeu R$ 100 mil em sua conta-corrente no dia 25 de julho e, conforme o primeiro parecer, o candidato registrou despesas com a Editora e Gráfica Atalaia e com a empresa AS. Rocha ME, reduzindo seu saldo bancário a R$ 63,1 mil.

Outro problema apontado inicialmente pela equipe do TRE foi a divergência nas despesas com pessoal, contabilizadas em R$ 1,1 milhão, já que os valores líquidos (sem encargos) totalizaram em R$ 1,2 milhão no período entre julho e setembro. Mas, os analistas responsáveis pelo segundo parecer, entenderam que não houve omissão de despesas com pessoal, anteriormente estimada em R$ 195 mil. Mesmo assim, as ressalvas ficaram por conta de outros problemas identificados no campo de despesas com pessoal.

Deputados – Os novos pareceres técnicos do TRE mantiveram a recomendação de rejeição das contas de campanha dos deputados reeleitos Pedro Henry (federal) e José Riva (estadual), ambos do PP.

No caso de Henry, envolvido nos escândalos do mensalão e da máfia das ambulâncias, os técnicos apontaram oito irregularidades no primeiro parecer, entre elas, omissão de gastos, como os relativos a viagens de avião dentro do Estado. Por exemplo, ele deveria ter declarado uma despesa de R$ 75 mil com deslocamento aéreo, mas informou ter gasto R$ 24 mil.

A defesa de Riva também não obteve êxito junto à Coordenadoria de Controle Interno e Auditoria. No primeiro parecer, os técnicos detectaram divergência entre os números de CPFs e a lista de cabos eleitorais, grande quantidade de depósitos em espécie e uma doação de R$ 27 mil cuja empresa não funciona no endereço informado, entre outras irregularidades.

A exemplo da prestação de contas do então candidato Riva, parlamentar que pretende se manter na primeira-secretaria da Assembléia Legislativa, os técnicos também constataram irregularidades cometidas por meio de recibos eleitorais emitidos na campanha do deputado estadual reeleito Sérgio Ricardo (MD).

De acordo com o primeiro parecer, Sérgio Ricardo emitiu recibos a pessoas que trabalharam na campanha e não lhe doaram dinheiro. Assim, ao menos 43 recibos eleitorais que somam R$ 46 mil, sendo valores entre R$ 2,1 mil e R$ 750, foram falsificados. A irregularidade é considerada gravíssima e a origem do dinheiro é tida como duvidosa, por isso, o parecer recomendou a desaprovação das contas.

Os técnicos verificaram ainda que alguns nomes de “doares” constaram das folhas de pagamento dos meses de julho, agosto e setembro. Isto é, conforme a prestação de contas analisada, os doadores de valores acima de R$ 700 teriam recebido irrisórias remunerações, que não ultrapassaram R$ 300. O processo referente às contas de Sérgio Ricardo se encontra em poder do Ministério Público Eleitoral. O parlamentar visa assumir a presidência da Assembléia em fevereiro próximo.





Fonte: Olhar Direto

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