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Economia
Sábado - 09 de Dezembro de 2006 às 15:25

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As negociações entre as empresas estatais de petróleo do Brasil e da Bolívia para fixar um novo preço do gás ganharam maior impulso político, disse neste sábado o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, após uma reunião entre os presidentes dos dois países na nação andina.

Nesse contexto, Amorim anunciou uma visita do presidente boliviano Evo Morales ao Brasil, no começo de fevereiro.

"As coisas estão caminhando bem...agora está havendo um impulso político maior (nas negociações) porque há confiança, há tranquilidade", disse o ministro a jornalistas em Cochabamba, onde participa da 2a Cúpula da Comunidade Sul-Americana de Nações.

As declarações de Amorim foram feitas depois que a Petrobras e a YBFB, petrolífera boliviana, acertaram uma ampliação de 120 dias no prazo para as negociações em torno do pedido boliviano de elevar o preço do gás mediante a mudança da fórmula de reajuste trimestral estabelecida.

"Os presidentes não discutem o preço do gás...Esta discussão tem que ser feita em nível técnico, o que não quer dizer que não tenha que haver uma moldura política adequada", acrescentou Amorim.

O ministro disse que Petrobras e YPFB também voltaram a falar sobre novos projetos e que o Brasil planeja ampliar seus investimentos em outras áreas, em um esforço para trocar a agenda de confrontação por uma agenda de cooperação.

"Pela primeira vez em muito tempo escuto um renovado interesse na Bolívia pelo gás químico...É positivo que estejamos discutindo muitos outros projetos conjuntos", disse Amorim.

A Bolívia quer que o preço do gás comprado pela Petrobras suba pelo menos 25 por cento e se iguale ao que paga a Argentina —atualmente, 5,00 dólares por um milhão de unidades térmicas britânicas. A Petrobras é a maior investidora estrangeira na Bolívia e controla as duas únicas refinarias existentes no país andino.

A cúpula sul-americana, que reúne desde sexta-feira todos os presidentes da região, com exceção de Argentina, Colômbia, Equador e Suriname, tem como um dos seus eixos a integração dos recursos energéticos da região.





Fonte: Reuters

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