<b>Dólar cai e fecha a R$ 2,16</b>

O dólar inverteu o rumo e fechou com ligeira queda em relação ao real nesta segunda-feira. A primeira etapa dos negócios foi pressionada por remessas ao exterior, que depois se estabilizaram e a moeda passou a ceder. O Banco Central (BC) realizou leilão de compra no segmento à vista à tarde, mas não impediu que a divisa terminasse o dia depreciada no mercado brasileiro.

No fechamento, o dólar indicou queda de 0,09%, a R$ 2,1630 na compra e R$ 2,1650 na venda, após oscilar da mínima de R$ 2,1640 à máxima de R$ 2,1660. De acordo com agentes no mercado, o giro interbancário alcançou aproximadamente US$ 1,8 bilhão.

De acordo com o operador da corretora de um banco em São Paulo, uma operação com volume em torno de US$ 500 milhões ajudou a pressionar a alta das cotações da moeda. Rumores sugeriam que a transação seria relativa ao empréstimo para a aquisição da Inco pela Companhia Vale do Rio Doce (CVRD). Após a operação, a cotação ficou "parada" e à tarde passou a depreciar-se, observou o profissional, que preferiu não ser identificado.

De acordo com o gerente de câmbio da corretora Novação, José Roberto Carreira, a expectativa em relação ao leilão de compra do BC também ajudou a manter o dólar valorizado. Os agentes seguram um pouco de dólar para vender para o BC, explicou. Mas, nesta sessão, a autoridade monetária acatou poucas propostas, o que gerou uma sobra de dólares, que foi devolvida para o mercado, pressionando as cotações, justificou Carreira.

O BC pagou R$ 2,1675 para comprar dólares no mercado à vista hoje. De acordo com informações do mercado, a instituição aceitou três propostas de dois bancos. É preciso ponderar, entretanto, que, dos 17 bancos que participaram da operação, três deles não divulgaram sua taxa. A média das ofertas conhecidas somou R$ 2,1681.