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Economia
Sexta - 01 de Dezembro de 2006 às 08:23

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São Paulo - Há algum tempo, analistas do mercado financeiro discutem se o Brasil deveria ser excluído do grupo conhecido como BRIC, que engloba, além do País, a Rússia, a Índia e a China. Segundo esses especialistas, o crescimento brasileiro não tem acompanhado o ritmo dessas outras nações. O dado do Produto Interno Bruto (PIB) do 3º trimestre certamente dá mais força a esse argumento.

Enquanto a expansão acumulada do Brasil entre janeiro e outubro foi de 2,5%, a da China foi mais de quatro vezes maior, 10,4%. A Índia vem logo a seguir, com 9,2% nos nove meses. A Rússia, terceira colocada no ranking, tem uma taxa duas vezes e meia superior à do Brasil: 6,6%.

Um estudo do economista Ricardo Amorim, diretor de Pesquisa Econômica e Estratégia para América Latina do Banco WestLB, mostra que baixos índices de crescimento podem não parecer tão ruins no curto prazo. Ao longo do tempo, porém, fazem muita diferença para a história de um país.

Pelos cálculos de Amorim, se o Brasil tivesse mantido, a partir da década de 80, as médias de expansão dos anos 1950 a 1970, a renda per capita do País seria de US$ 27.300, mais de seis vezes superior à atual. O estudo também revela que, levando em conta os últimos dez anos, o Brasil ficou em 142º lugar no ranking de crescimento entre os 177 países acompanhados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). "Se o crescimento brasileiro médio dos últimos 27 anos for mantido nos próximos 27 anos, a renda per capita do País ao final desse período será menor que a de países como o Butão", compara.

A pesquisa mais recente do FMI para o crescimento econômico mundial deste ano, divulgada em setembro, estima uma expansão de 3,6% para o Brasil. Para a China, a taxa estimada é de 10%, para a Índia, de 8,3% e para a Rússia, de 6,5%. O Brasil fica para trás nos levantamentos mesmo entre seus pares da América Latina. O Fundo projeta expansão de 8% para a Argentina e de 4% para o México.





Fonte: Agência de Notícias

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