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Evo Morales defende na Holanda plataforma de nacionalização
O presidente boliviano, Evo Morales, reiterou hoje durante sua visita à Holanda diante de integrantes do Governo, da imprensa e do mundo empresarial que seus planos de nacionalização não significam a expulsão nem a desapropriação de empresas estrangeiras, cujos investimentos, insistiu, são necessários para seu país.
Morales ressaltou que a Bolívia quer ter "controle sobre seus recursos naturais" e que para isso precisa de "parceiros e não de donos".
Ele afirmou que a Bolívia "precisa dos investimentos" estrangeiros, mas que ao mesmo tempo deve "continuar lutando por mudanças profundas" que solucionem os problemas sociais da maior parte da população indígena.
O presidente boliviano considerou que a renegociação dos contratos assinados com as empresas estrangeiras presentes na Bolívia - aprovados pelo Congresso e que devem ser ratificados pelo Senado - é a melhor forma de dar segurança jurídica às companhias, "com as quais somos muito respeitosos".
Sobre a negociação entre a Administração boliviana e a companhia petrolífera holandesa Shell, Morales defendeu que o Estado tenha "uma parte nas diferentes cadeias de produção".
Morales falou com executivos da Shell sobre sua intenção de comprar da companhia uma parte de suas ações da Transredes, a transportadora de hidrocarbonetos da Bolívia.
A Shell controla -junto com a britânica Ashmore - 50% da operadora dos gasodutos bolivianos, enquanto a Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) possui 33,57%.
Lembrando o lema de seus antepassados aimarás: "não roubar, não mentir e não ser frouxo", Morales disse que os bolivianos são "da cultura do trabalho, do diálogo" e afirmou que, dez meses após sua chegada ao Governo, a estabilidade macroeconômica do país começa a ser garantida.
A chave para essa estabilidade foi a "austeridade, conscientizar as pessoas de que têm que pagar impostos e a nacionalização" dos recursos naturais, segundo Morales.
O dirigente boliviano pediu na Holanda assistência técnica para explorar de forma "inteligente" o gás e também os recursos hídricos, que "devem ser públicos", disse.
Morales expressou sua preocupação com o processo de aquecimento global, que torna "necessária a conservação dos parques naturais".
"Nós, os indígenas, vivemos em acordo com a Mãe Terra", disse o presidente boliviano.
A movimentada agenda de Morales incluiu hoje reuniões com representantes do Governo holandês interino, entre eles o primeiro-ministro, Jan Peter Balkenende, e o ministro do Exterior, Ben Bot. A visita será encerrada com uma audiência com a rainha Beatrix e a princesa de origem argentina Máxima Zorreguieta, com quem tratará do micro-financiamento de empresas.
Durante a conferência no Instituto de Estudos Sociais de Haia, Morales esclareceu que "coca não é cocaína" e se manifestou em apoio dos camponeses bolivianos.
Ele explicou que durante os dez meses de seu Governo, a participação da população na vida cidadã aumentou tanto quando a riqueza.
O governante se opôs à participação da Bolívia no Banco Mundial e afirmou preferir tratar diretamente com outros países sobre possíveis projetos.
"A Bolívia não é mais uma colônia e também não quer colonizar outros países", disse.
Morales também lamentou os planos da União Européia (UE) de estabelecer um visto obrigatório para os bolivianos e lembrou à imprensa que em 500 anos seu país "nunca exigiu visto dos espanhóis".
Morales ressaltou que a Bolívia quer ter "controle sobre seus recursos naturais" e que para isso precisa de "parceiros e não de donos".
Ele afirmou que a Bolívia "precisa dos investimentos" estrangeiros, mas que ao mesmo tempo deve "continuar lutando por mudanças profundas" que solucionem os problemas sociais da maior parte da população indígena.
O presidente boliviano considerou que a renegociação dos contratos assinados com as empresas estrangeiras presentes na Bolívia - aprovados pelo Congresso e que devem ser ratificados pelo Senado - é a melhor forma de dar segurança jurídica às companhias, "com as quais somos muito respeitosos".
Sobre a negociação entre a Administração boliviana e a companhia petrolífera holandesa Shell, Morales defendeu que o Estado tenha "uma parte nas diferentes cadeias de produção".
Morales falou com executivos da Shell sobre sua intenção de comprar da companhia uma parte de suas ações da Transredes, a transportadora de hidrocarbonetos da Bolívia.
A Shell controla -junto com a britânica Ashmore - 50% da operadora dos gasodutos bolivianos, enquanto a Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) possui 33,57%.
Lembrando o lema de seus antepassados aimarás: "não roubar, não mentir e não ser frouxo", Morales disse que os bolivianos são "da cultura do trabalho, do diálogo" e afirmou que, dez meses após sua chegada ao Governo, a estabilidade macroeconômica do país começa a ser garantida.
A chave para essa estabilidade foi a "austeridade, conscientizar as pessoas de que têm que pagar impostos e a nacionalização" dos recursos naturais, segundo Morales.
O dirigente boliviano pediu na Holanda assistência técnica para explorar de forma "inteligente" o gás e também os recursos hídricos, que "devem ser públicos", disse.
Morales expressou sua preocupação com o processo de aquecimento global, que torna "necessária a conservação dos parques naturais".
"Nós, os indígenas, vivemos em acordo com a Mãe Terra", disse o presidente boliviano.
A movimentada agenda de Morales incluiu hoje reuniões com representantes do Governo holandês interino, entre eles o primeiro-ministro, Jan Peter Balkenende, e o ministro do Exterior, Ben Bot. A visita será encerrada com uma audiência com a rainha Beatrix e a princesa de origem argentina Máxima Zorreguieta, com quem tratará do micro-financiamento de empresas.
Durante a conferência no Instituto de Estudos Sociais de Haia, Morales esclareceu que "coca não é cocaína" e se manifestou em apoio dos camponeses bolivianos.
Ele explicou que durante os dez meses de seu Governo, a participação da população na vida cidadã aumentou tanto quando a riqueza.
O governante se opôs à participação da Bolívia no Banco Mundial e afirmou preferir tratar diretamente com outros países sobre possíveis projetos.
"A Bolívia não é mais uma colônia e também não quer colonizar outros países", disse.
Morales também lamentou os planos da União Européia (UE) de estabelecer um visto obrigatório para os bolivianos e lembrou à imprensa que em 500 anos seu país "nunca exigiu visto dos espanhóis".
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/257940/visualizar/
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