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Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Quarta - 22 de Novembro de 2006 às 16:31

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Durante reunião realizada na sede do Rotary Clube de Cáceres o Movimento PróCáceres decidiu que irá se mobilizar junto às autoridades da esfera federal para que a BR 070 no trecho que liga Cáceres a Cuiabá seja total restaurada.

Líderes do movimento, como o empresário Dílson Félix Dutra, afirmaram durante o evento que só a operação tapa-buracos que vem sendo realizada pelas empresas, Delta e Rodocon não resolve o problema da rodovia. “Isso é um paliativo que só prolongará nosso sofrimento”, desabafou.

O engenheiro Antônio Carlos Victorio, chefe da unidade do DNIT em Cáceres, presente a reunião, concordou com o empresário e disse que já tem um estudo prévio que estima em cerca R$ 50 milhões o valor necessário para a recuperação da BR entre Cáceres e Cuiabá.

O inspetor da Policia Rodoviária Federal Mário Furrer, que também esteve no encontro, revelou que a questão é emergencial. “Fazíamos em media cerca de 40 atendimentos mensais neste trecho, hoje são mais de 500”, explicou afirmando que não há efetivo suficiente para este volume de ocorrências.

A coordenação do movimento deve reunir todos os dados sobre as condições da rodovia e anexar a um abaixo assinado das cidades da área de influencia da BR e encaminhar as autoridades responsáveis em Brasília.

Zona Tampão – Outro assunto tratado durante a reunião foi à inclusão de Cáceres na área habilitada para exportação de carne in natura para comunidade européia.

Presente ao evento o presidente do Indea, Décio Coutinho afirmou que esta questão não é só política e por isso não depende apenas do governo brasileiro.

Ele esclareceu que desde 1994 acompanha esta questão que não prejudica só Cáceres, mas 58% do Estado e outras regiões do país.

Décio afirmou que há quase uma década existe um esforço conjunto das autoridades na esfera estadual e federal para fazer com Mato Grosso e outros estados possam ter novas áreas habilitadas para vender para Europa.

“Depois de muito investigar e buscar todas as formas para a habilitação de novas áreas, chegamos à conclusão que há uma grande oferta de carne no mercado europeu, produzidas pela Inglaterra e pela Irlanda, por isso não haja um interesse maior pela nossa carne”, afirmou.

Décio Coutinho aconselhou os pecuaristas de Cáceres a utilizar a mobilização da sociedade em torno da questão para buscar meios de compensar os prejuízos causados pela exclusão.

Ele sugeriu que os empresários do setor busquem entendimentos junto aos governos federal e estadual pleiteando redução de impostos ou concessões de incentivos. “Se não for possível à redução de impostos que os governos criem linhas de crédito especial para que os frigoríficos possam aumentar a sua capacidade de industrialização”, opinou.

O ponto de vista do presidente do Indea foi avalizado pelo delegado do Ministério da Agricultura em Mato Grosso Paulo Bilego que esteve presente ao encontro acompanhado de vários assessores.

Para Paulo Bilego, a questão sanitária não é a verdadeira razão para que a comunidade européia não queira ampliar suas compras de carne in natura de Mato Grosso. “A verdade é que eles hoje possuem uma grande oferta e usam a questão sanitária como barreira para proteger seus mercados. Isto é uma prática legal e comum no comércio”, afirmou.

Na avaliação do empresário Francis Maris Cruz, as informações repassadas pelos representantes do Indea e do Ministério da Agricultura foram vitais para que os pecuaristas pudessem entender as verdadeiras razões de Cáceres ainda não fazer parte da área habilitada para exportação para o mercado europeu.

“Muita gente achava que as autoridades não se esforçavam para resolver a questão, mas os esclarecimentos feitos pelo Indea e pelo Ministério da Agricultura mudaram isso e serviram de alerta para que o setor se reposicione e busque outros meios para recuperar a liquidez”, raciocinou.

De acordo com Francis dentro de alguns dias o Movimento PróCáceres deve se reuniu com a diretoria do Sindicato Rural e outras autoridade locais para elaborar uma estratégia para atuar junto aos governos estadual e federal.





Fonte: Agência de Notícias dos Municípios

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